Um estudo recente realizado pela consultoria internacional Interbrand revela que a fabricante de computadores Lenovo, a construtora de automóveis Chery, a cerveja Tsingtao, os eletrodomésticos Haier e a fabricante de equipamentos de telecomunicações Huawei são as marcas mais fortes e reconhecidas fora da China. Segundo o levantamento, as cinco marcas chinesas são as que têm maior presença internacional e mais probabilidade de se destacarem no mercado global.
A análise da Interbrand foi feita a partir de questionários enviados a especialistas em marketing e diretores de empresas de fora da China sobre as possibilidades de entrada das principais marcas do gigante asiático no mercado mundial. A Lenovo, a Tsingtao, a Haier, a Hauwei e a Chery, são as "embaixadoras da China", consideraram os especialistas. Mais abaixo no ranking estão as empresas TCL, da área de eletrônica, a ZTE, de telecomunicações, as marcas de automóveis Geely e Brillance e os fabricantes de ar-condicionado Gree e Midea.
O estudo destaca as possibilidades de sucesso no mercado mundial da Lenovo, apontada por 53% dos consultados como "uma marca global emergente" que, como único patrocinador chinês dos Jogos Olímpicos de Pequim, "vai fomentar a sua exposição e popularidade".
Segundo a pesquisa, um dos objetivos das empresas chinesas no curto prazo consiste em superar os problemas de imagem e reputação e se afirmarem como "seguras, de prestígio ou de luxo".
O conselheiro da Interbrand, Gonzalo Brujó destacou que em uma pesquisa feita por meio da internet com 569 profissionais de marketing 69% dos entrevistados afirmaram que o slogan ?made in China? tinha repercussões negativas nas marcas. ?A palavra que mais se associa às marcas chinesas é barato", acrescentou Brujó, para quem serão necessários pelo menos cinco anos até que as pessoas percam o medo do made in China. ?Apesar desta má reputação, nos próximos anos vamos testemunhar autênticos êxitos por parte destas marcas, que ganharão terreno em relação a outras mais conhecidas e a concorrentes em baixos preços de países vizinhos."
Para que as marcas chinesas ganhem uma percepção positiva, o estudo afirma que as empresas devem investir em pesquisa para desenvolver produtos que possam ser vendidos a preços mais altos. "Sabemos que algum dia os produtos da China serão reconhecidos por algo mais do que apenas os preços baixos", prevê Brujó, que acredita que o país vai superar a desconfiança existente em relação qualidade, tal como aconteceu com a Coréia do Sul e o Japão.
Com informações da Agência Lusa.