A Nokia anunciou que vai fechar sua fábrica de celulares e a unidade de dispositivos para carros localizada em Bochum, na Alemanha. A fabricante finlandesa de celulares disse também que esta em conversações com a Sasken Technologies para vender a unidade de pesquisa e desenvolvimento, instalada na mesma cidade. Com essas medidas a empresa vai 2,3 mil postos de trabalho, ou cerca de 2% dos 13 mil empregados que possui em todo o mundo.
O fechamento da plantas faz parte da estratégia da Nokia de transferir a produção para regiões da Europa com mão-de-obra mais barata e mais competitivas. Em comunicado, a empresa acrescentou que os investimentos para fazer do site localizado a Oeste da cidade de Bochum mais competitivo não deram resultado. "O encerramento das linhas de produção de Bochum é necessário para garantir a Nokia a competitividade no longo prazo", disse Veli Sundbaeck, vice-presidente executivo da Nokia e supervisor do conselho de administração da Nokia GmbH, ao jornal New York Times.
Segundo ele, com as mudanças do mercado e as exigências cada vez maior de redução de custos, a produção de telefones móveis na Alemanha já não é viável para a Nokia. "Ela [a fábrica] não pode ser operada de uma forma que atenda aos requisitos de eficiência global de custos e de capacidade de crescimento flexível. Portanto, temos de tomar essa dura decisão." Sundbaeck não informou, porém, qual será o custo para o fechamento das plantas naquele país.
A unidade de suprimentos para automóveis fabrica dispositivos como fones de ouvido, microfones e alto-falantes para o motorista manter as mãos livres para dirigir, recarregadores de celular e sistemas de navegação.
Nokia, que tem cada vez mais se concentrado seu foco de atuação nos chamados mercados emergentes, prevê que o maior crescimento do mercado móvel mundial neste ano será nas regiões da Ásia-Pacífico, China, Oriente Médio e África, enquanto que o menor será na América do Norte, Europa e América Latina.