CPM Braxis revê estratégia de internacionalização

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Mesmo após fechar 2008 com faturamento de R$ 1 bilhão e apesar da previsão de crescimento de 15% neste ano, a fornecedora de serviços de tecnologia CPM Braxis decidiu tirar o pé do acelerador do seu projeto de expansão internacional. O motivo da revisão da estratégia se deve ao atual momento econômico em decorrência da crise financeira internacional.
Depois de abrir escritórios nos Estados Unidos e na Alemanha no ano passado, a empresa previa manter o ritmo durante este ano. "A internacionalização vai depender do mercado. Estamos mais cautelosos, esperando para aproveitar a melhor oportunidade. Os países mais desenvolvidos estão muito impactados pela crise e o mercado deu uma diminuída", afirma o novo presidente da CPM Braxis, José Luiz Rossi.
Segundo o executivo a empresa não terá a mesma agressividade de antes, mas adiantou que no momento propício serão feitos os investimentos e expansões necessárias. "Vamos estar olhando oportunidades de acordo com o andamento da situação", comenta Rossi.
Se por um lado a crise pode atrapalhar os planos de internacionalização da CPM Braxis, por outro pode auxiliar, como no caso de aquisições. O atual cenário econômico acabou por diminuir o valor de diversas empresas, por não terem condições de se manterem sozinhas na disputa pelo mercado.
A empresa, que está capitalizada após receber um aporte da Gávea Investimentos, no valor de R$ 170 milhões, em abril do ano passado, pretende fazer algumas aquisições. "É o momento para se pensar em aquisições. Estamos analisando algumas oportunidades com muita atenção e já conversando com algumas empresas. Tem o momento e o preço certo para se concretizar o negócio", adiantou o executivo, sem revelar os nomes das empresas.
Para este ano, os principais focos de atuação da CPM Braxis serão as áreas de consultoria SAP, aplicações de outsourcing e serviços de infra-estrutura. Com o dólar alto, a empresa prevê que ficará mais competitiva na disputa pelo mercado internacional, podendo dessa forma aumentar as vendas. Entretanto, segundo Rossi, a fraca demanda econômica, principalmente dos países desenvolvidos, como EUA e Europa, pode vir a atrapalhar os resultados. "A valorização do dólar facilitou a nossa atuação com offshore, mas o mercado não melhorou. É difícil de saber qual será a consequência.Vai depender do mercado. O dólar não é o único ponto que pode facilitar o cumprimento das metas", concluiu Rossi.

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