Crise e problemas na Índia podem beneficiar outsourcing brasileiro

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A crise financeira internacioanl, aliada às dificuldades pelas quais passam as empresas indianas de outsourcing de TI, depois do escândalo de adulteração de balanços da Satyam e dos problemas da Wipro com o Banco Mundial, podem beneficiar as fornecedoras brasileiras de serviços de TI.
De acordo com Antônio Carlos Rego Gil, presidente da Associação de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), o momento é positivo para o país e os analistas indicam um crescimento do outsourcing brasileiro de TI no mercado. "O real desvalorizou mais que a rúpia, o que torna o Brasil mais competitivo, além disso, os problemas com as empresas indianas pode dar força e maior visibilidade para as companhias brasileiras", analisa o dirigente, ressaltando que o Brasil é sétimo maior mercado interno de TI do mundo.
Na avaliação de Gil, o país pode se beneficiar desse cenário desfavorável para as empresas indianas para aumentar a sua presença no mercado internacional de outsourcing. Mas isso, segundo ele, depende da atuação dos próprios empresários. "A desvalorização do real claramente acelerará esse processo. O mercado interno do Brasil é maior do que o da Índia. As oportunidades estão aí, agora que ficamos mais competitivos, os empresários precisam investir em suas operações para se aproveitar do momento e obter resultados favoráveis", observa o presidente da Brasscom.
Gil observa que o único ponto que ainda dificulta a atuação do país no mercado internacional de outsourcing é o custo elevado dos serviços, o que, segundo ele, deve diminuir com a entrada em vigor da lei que prevê a desoneração da folha para as empresas de TI.
Para o novo presidente da CPM Braxis, José Luiz Rossi, há uma tendência no mercado mundial de as empresas diversificarem a contratação de serviços de outsourcing para não ficarem dependentes apenas da Índia. Segundo ele, há uma concentração muito grande da terceirização offshore na Índia, o que reforça a necessidade de diversificação.
O executivo avalia que as notícias recentes envolvendo as empresas de serviços de TI indianas não ajudam a imagem delas, além de atrapalhar a indústria como um todo. Apesar dessa análise, Rossi é comedido sobre os efeitos favoráveis desses acontecimentos para as empresas brasileiras. "Depende do cliente para sabermos se isso vai ajudar ou não na hora de fechar um contrato. Temos que ver como os clientes vão se portar diante dos acontecimentos com as empresas indianas", comenta Rossi.

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