Previsões de tecnologia para 2024

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A HPE Aruba Networking está divulgando cinco previsões para 2024:

Previsão 1: O fim do Firewall autônomo

O avanço do trabalho híbrido e a ampla implementação de dispositivos IoT têm aumentado de forma irreversível o perímetro da rede, e o firewall autônomo está chegando ao seu fim justamente por isso. Não é mais possível proteger efetivamente um ambiente "interno" de um ambiente "externo" por meio de uma série de firewalls. Tentar fechar lacunas ao implementar mais firewalls dentro de uma empresa apenas aumenta a complexidade e cria espaço para erros, desacelerando empresas que desejam se movimentar rapidamente.

Consequentemente, as medidas de firewall de nova geração estão se tornando rapidamente as últimas medidas de firewall. Por um lado, o Secure Service Edge (SSE) está sendo o substituto de firewalls e proxies por dispor de gateways seguros na web entregues via nuvem, controles de acesso à nuvem e Zero Trust. A SSE oferece uma maneira conveniente de gerenciar a segurança para usuários acessando aplicações de qualquer lugar. Entretanto, para a segurança de IoT, é necessária a segmentação local na borda da rede, e para alcançar isso, serviços de firewall estão sendo implementados diretamente nos pontos de acesso, switches e gateways SD-WAN. Mesmo no data center, a introdução de switches top-of-rack com funcionalidades de segurança L4-7 pode oferecer uma segmentação de leste-oeste, de forma mais econômica que os firewalls de nova geração tradicionais. Nos próximos dois anos, o mercado de firewalls de nova geração continuará em queda à medida que essas novas capacidades baseadas em nuvem e integradas introduzirem uma maneira mais simples de gerenciar a rede de forma segura.

Estatística em apoio: À medida que mais organizações optam por modos de trabalho híbridas e programáticas, os compradores têm maior probabilidade de escolher fornecedores de firewall que ofereçam serviços de segurança baseados em nuvem com estratégias de segurança em nuvem credíveis. Gartner Critical Capabilities for Network Firewalls (Adam Hils, Rajpreet Kaur, Thomas Lintemuth) 16 de maio de 2023.

Previsão 2: Princípios da Zero Trust aceleram a convergência de objetivos em segurança e redes.

Grande parte das organizações possui equipes separadas ao gerenciar redes e segurança,e algumas vezes, seus objetivos podem estar em conflito um com o outro. Em 2024, as empresas líderes demonstrarão como os princípios da Zero Trust podem ser utilizados para alinhar os interesses das equipes, proporcionando uma melhor experiência ao usuário final e resultados mais eficazes em seus negócios.

Em uma empresa, os objetivos do time de redes são manter as pessoas e os serviços conectados de forma segura, em funcionamento e com um bom desempenho. O time deve ser incentivado a facilitar a conexão de todos, e evitar soluções complexas que resultem em falhas, latência ou lentidão. Por outro lado, a equipe de segurança tem a tarefa de minimizar os riscos e manter a conformidade da rede. Muitas vezes, a experiência do usuário pode acabar sendo prejudicada nesse cenário. Uma implementação excessivamente rigorosa de segurança pode tornar lento ou impossível para que os usuários acessem as aplicações e dados para trabalho, prejudicando os negócios. Por outro lado, uma segurança fraca ou uma equipe de redes que busca agradar os colaboradores e contornar medidas de segurança pode resultar em infiltrações na rede e invasões ransomware.

As empresas líderes de mercado adotarão arquiteturas de Zero Trust, em que a função da rede não será definida em termos de conectar qualquer coisa a qualquer sistema, mas sim como uma camada de aplicação de políticas de segurança. Para usuários acessando aplicações, a política de segurança pode ser aplicada na nuvem, mas para muitos fluxos de tráfego, especialmente para dispositivos IoT e seus serviços associados, será mais eficiente implementar automaticamente essa política em dispositivos como pontos de acesso, switches e roteadores. Com o nível certo de visibilidade compartilhada, automação e clara definição de políticas na aplicação, os times de redes e segurança terão objetivos alinhados e proporcionarão uma experiência melhor às companhias.

Estatística em apoio: De acordo com a Forrester, 96% dos clientes afirmaram que os times de segurança e redes trabalharam juntas para implementar o SASE (Secure Access Service Edge).

Previsão 3: Mensurar a experiência do usuário final é fundamental para impulsionar a excelência operacional.

Para atender às expectativas dos funcionários e clientes, as organizações de TI precisarão mudar para SLOs e SLAs com experiência do usuário mensurada. Os usuários não se importam com quem está em falha; eles estão focados em uma coisa simples: a aplicação que estão utilizando está funcionando bem ou não. A satisfação do usuário é reduzida drasticamente ao encontrarem problemas e, em seguida, serem informados pela TI de que todos os dispositivos estão operando corretamente.

Para lidar com isso, as organizações devem implementar ferramentas com gerenciamento de experiência digital (DEM) que mensuram a experiência real dos usuários finais ao realizarem testes para garantir a prontidão da infraestrutura, mesmo quando os usuários não estão presentes. As organizações provavelmente desejam uma combinação de medições coletadas por agentes de endpoint (como um agente SSE) e medições coletadas por sensores de hardware dedicados, especialmente ao monitorar o desempenho do Wi-Fi. Idealmente, essas mesmas medições alimentam o AIOps automatizado que é capaz de aprender e implementar as melhores práticas, diagnosticar rapidamente problemas e remediar automaticamente questões.

Estatística em apoio: Até 2026, pelo menos 60% dos líderes de I&O (Infraestrutura e Operações) utilizarão o DEM para mensurar o desempenho de aplicações, serviços e endpoints do ponto de vista do usuário, em comparação com menos de 20% em 2021. (Gartner, Market Guide for Digital Experience Monitoring, Março de 2022).

Previsão 4: O uso do Wi-Fi de 6GHz irá disparar – e essa continuará sendo a maior característica do Wi-Fi 7.

As barreiras que impedem a implementação do Wi-Fi no espectro de 6GHz serão removidas na maior parte das empresas, e a adoção começará a aumentar significativamente.

Há alguns anos, o padrão Wi-Fi 6E foi capaz de introduzir o suporte para a faixa de 6GHz, amplificando em mais do que o dobro capacidade do Wi-Fi e permitindo mais usuários e velocidades mais rápidas. Ele foi rapidamente adotado em alguns segmentos, mas outros foram mais cautelosos. Em 2024, as últimas barreiras para uma adoção ampla do Wi-Fi 6E serão resolvidas.

Primeiramente, o uso da faixa de 6GHz, principalmente ao ar livre, está sujeito à aprovação das autoridades governamentais. Embora alguns países, como os Estados Unidos, tenham sido rápidos em abrir o espectro para o Wi-Fi, outros países têm lidado de forma mais lenta. Felizmente, houve bastante progresso nessa área, e em 2024 a maioria das empresas terá acesso ao espectro de 6GHz na maioria das partes do mundo.

Em segundo lugar, algumas empresas têm sido cautelosas ao adotarem o Wi-Fi 6E enquanto o Wi-Fi 7 está cada vez mais próximo. Com a ratificação do Wi-Fi 7, não há dúvida de que o Wi-Fi 6E e o Wi-Fi 7 serão interoperáveis. Portanto, com dispositivos e pontos de acesso 6E sendo distribuídos em grande volume, as implementações de Wi-Fi de 6GHz podem avançar em velocidade máxima.

E finalmente, a adoção do Wi-Fi 7 é dependente do suporte de pontos de acesso e dispositivos de clientes. Estamos testemunhando uma nova série de dispositivos que suportam o Wi-Fi 6E e também a popularização dos pontos de acesso 6E. Além disso, haverão mais dispositivos Wi-Fi 7 vindo futuramente, que poderão utilizar a faixa de 6GHz para oferecer uma melhor experiência ao usuário com pontos de acesso tanto Wi-Fi 6E quanto Wi-Fi 7.

A combinação desses recursos irá resultar em uma maior adoção do espectro de 6GHz em 2024, trazendo consigo transferências mais rápidas e uma melhor experiência do usuário.

Estatística em apoio: "A HPE Aruba Networking enviou mais de 1,5 vezes pontos de acesso Wi-Fi 6E do que qualquer outro fornecedor do setor" – Sian Morgan, lead de análise de redes para o Dell'Oro Group.

Previsão 5: A inteligência artificial irá libertar os administradores de TI.

Muitas vezes é dito que você não perderá seu emprego para a IA, mas sim para alguém que está usando a IA de forma eficaz. Isso está se tornando verdade para o administrador de TI.

O dever de implementar novas tecnologias e de manter a cibersegurança com uma equipe fixa ou até mesmo reduzida, significa que o administrador deve lidar com mais responsabilidades. Felizmente, a IA e a automação estão avançando rapidamente, mudando o foco do trabalho de gerenciar dispositivos individuais para definir políticas em toda a infraestrutura e implementar recursos de forma automática e consistente. A IA também é capaz de analisar grandes volumes de dados para identificar problemas e recomendar (e até mesmo implementar) soluções. Agora, está bem estabelecido que a IA é tão boa ao dispor de um bom conjunto de dados, e conjuntos de dados maiores e de melhor qualidade são essenciais. Os principais fornecedores do mercado estão utilizando insights de IA diretamente de seus repositórios de dados, representando milhões de dispositivos gerenciados e centenas de milhões de endpoints. Por fim, os Grandes Modelos de Linguagem (LLMs) estão potencializando as interfaces de linguagem natural existentes e oferecendo uma forma mais conveniente para os administradores obterem as informações de que precisam.

O ponto crucial é que as organizações precisam garantir que estão fornecendo às suas equipes de TI a força de IA necessária para que os administradores permaneçam competitivos nos negócios.

Estatística em apoio: Até 2026, estima-se que a Inteligência Artificial Generativa (GenAI) representará 20% da configuração inicial de redes, um aumento significativo em relação a quase zero em 2023. (Gartner, Strategic Roadmap for Enterprise Networking, Outubro de 2023).

David Hughes, Diretor-chefe de Produtos e Tecnologia da HPE Aruba Networking.

 

 

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