Por meio de uma pesquisa patrocinada pela Cisco, a IDC Brasil analisou o impacto que a tecnologia da informação tem sobre a produtividade do Brasil, tendo como fator determinante banda larga. Para divulgar os resultados do estudo, as duas empresas lançaram nesta quinta-feira (16/2) a primeira edição do "Barômetro Cisco da Banda Larga", que pretende avaliar, a cada trimestre, a evolução da banda larga no país.
O estudo revela que, apesar de os serviços de banda larga terem crescido cerca de 700% de 2001 a 2004, sua utilização no Brasil ainda é baixa, mesmo quando comparada a outros países da América Latina. Aqui, apenas 1,9% da população utiliza a internet via banda larga (3,5 milhões de conexões), enquanto na Argentina, esse número é de 2%, e no Chile, de 4%. A conclusão, contudo, é que o país tem condições de atingir a marca de 10 milhões de usuários de banda larga até 2010, aumentando para 5,1% a penetração do serviço no Brasil.
O presidente da IDC Brasil, Fabio Costa, observou que uma base de 10 milhões de usuários certamente terá um impacto na produtividade do país, mas frisou que isso vai depender de uma ação imediata. ?O caminho que trilharmos com o objetivo de nos tornarmos mais competitivos a partir deste ano irá se refletir no desenvolvimento da economia do nosso país pelos anos que virão.?
?Entendemos que a banda larga é a porta de entrada para uma economia baseada no conhecimento, que alimenta o desenvolvimento e estimula melhorias na saúde e na educação no Brasil. Muitos países ao redor do mundo ? da Europa, Ásia, Oriente Médio e América do Norte ? colocam a banda larga entre suas principais prioridades?, completa Rafael Steinhauser, presidente da Cisco Systems do Brasil.
No ano passado, segundo o presidente do IDC, o mercado brasileiro investiu US$ 10,8 bilhões em tecnologia da informação. Mas, embora o número seja baixo, Costa diz que isso denota que o país está atingindo sua maturidade em aquisição de equipamentos. ?A China, por exemplo, está um pouco atrás, pois ainda vem comprando hardware.?
De acordo com Steinhauser, a IDC e a Cisco entendem que a forma mais adequada de conduzir essa cruzada pela banda larga no país é propor uma meta para os próximos quatro anos e medir o crescimento das conexões a cada três meses.
