A Trellis, fabricante brasileira de produtos e soluções para comunicação de dados e voz, abriu uma subsidiária na China, com sede em Hong Kong. Embora não revele o valor do investimento, a empresa diz que a filial será responsável por 90% da sua produção.
A estratégia da empresa com a fabricação na China é aumentar a competitividade e passar a atuar em mercados que até então não tinha como estar presente. "Queremos retomar nosso projeto de internacionalização que foi inviabilizado pelo câmbio e passar a exportar principalmente para os países da América Latina, como Uruguai, Chile e Argentina", afirma Cassio Spina, diretor executivo da Trellis.
Segundo ele, o aumento da competitividade será possível porque poderá oferecer produtos com valor FOB, ou seja, livre de impostos, no Brasil e em outros países. "Com a fabricação na China também intensificaremos nossa atuação no mercado brasileiro, já que teremos preços mais agressivos", frisa.
A estimativa do executivo é que a subsidiária da China fature cerca de US$ 75 milhões em cinco anos, com a América Latina representando 50% deste total. "Nossa perspectiva é iniciar as exportações para países do Mercosul, para posteriormente atingirmos outros mercados", diz Spina.
Para este ano, a meta é de que a iniciativa contribua com um aumento de 35% na receita da Trellis, que prevê atingir crescimento de 20% a 25% neste ano, após ver seu faturamento saltar 25% em 2008.
De acordo com Spina, a subsidiária chinesa não vai interferir nas operações da empresa no Brasil, em termos de canais de distribuição e empregos, uma vez que o desenvolvimento de produtos e soluções continuarão centralizados aqui.
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