As vendas de tablet PCs no Brasil totalizaram cerca de 100 mil unidades no ano passado, segundo dados da IDC Brasil. O número engloba tanto a comercialização oficial quanto o mercado cinza, composto por consumidores que trouxeram o aparelho do exterior ou o importaram ilegalmente.
Para este ano, a consultoria estima que a comercialização dos tablet PCs no país tenha plena ascesão e mais do que triplique, superando a casa dos 300 mil aparelhos. A explosão das deverá acontecer principalmente no segundo semestre, quando tablets de outros fabricantes tendem a desembarcar no país, como equipamentos da Motorola, LG, RIM, Asus, Dell, HTC, entre outros.
Luciano Crippa, coordenador de pesquisas da IDC, apontou que o preço de chegada dos tablets ao País foi fundamental para o sucesso do segmento. "Esperávamos uma estratégia de precificação um pouco mais alta, por volta dos dois mil reais. O valor estipulado em torno dos R$ 1.600,00 facilitou a adesão do público ao produto", disse ele, ressaltando que a "a categoria veio para ficar".
A IDC salientou ainda que iniciativas no setor corporativo, com destaque para a área educacional, também influenciaram as vendas em 2010. "Este segmento deverá ganhar ainda mais volume este ano, já que os tablets estão sendo usados como ferramenta em escolas e faculdades" disse o coordenador de pesquisas da IDC.
Um destaque citado pela IDC é que a expectativa é que os tablets concorram não somente em sua categoria, mas também com o mercado de netbooks. Entretanto, a consultoria não prevê que os segmentos de PCs e smartphones tenham seu desempenho impactado, em princípio, pelo avanço dos tablets.
"Ainda existe uma capacidade significativa de vendas de PCs no Brasil e um volume grande de usuários que não aderiram nem mesmo ao notebook", pontuou.
A consultoria avaliou ainda que os planos do governo em torno da redução de impostos e precificação acessível dos tablets no País não devem impactar a estimativa para este ano, mesmo que a iniciativa tenha início ainda em 2011. "É preciso considerar a capacidade e o tempo de produção dos dispositivos brasileiros, portanto os efeitos desse projeto só devem influenciar nos números a partir de 2012", explicou Crippa.
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