O setor corporativo brasileiro acusou o impacto da crise econômica mundial, o que se refletirá também nos investimentos em TI neste ano, já que os gastos das empresas devem apresentar um ligeiro recuo de 0,2%, totalizando R$ 48,6 bilhões, segundo pesquisa do Instituto Sem Fronteiras (ISF).
A pesquisa revelou que 39% dos entrevistados pretendem postergar novos projetos para o ano que vem e 42% querem renegociar os contratos atuais com os fornecedores. Apenas 16% das empresas participantes afirmaram que a sua estratégia de TI não foi abalada pela crise econômica mundial.
O resultado representa a primeira queda desde 2004, já que o setor vinha, até então, gastando 10% a mais, em média, por ano com TI.
Segundo o estudo, os investimentos em infraestrutura serão mantidos, sendo o segundo principal projeto das empresas, depois dos aportes em ERP. "É importante mencionar que as prioridades de investimentos serão bem diferentes em cada um dos segmentos", afirmou Márcia Pietrobon, coordenadora de pesquisa da ISF, citando, por exemplo, que o SPED é um dos principais projetos para manufatura e serviços.
No ano passado, o mercado corporativo brasileiro comprou R$ 49,6 bilhões, um incremento de 11,3% ante 2007. Todos os segmentos aumentaram os seus investimentos, fato mencionado por 74% dos entrevistados.
De acordo com o diretor de pesquisas do ISF, Ivair Rodrigues, para vender, as empresas terão de montar estratégias definidas para cada segmento. "Nos últimos anos não havia está preocupação pela área comercial em traçar estratégias específicas, porque o mercado estava aquecido e muitos fornecedores sequer conseguiam atender os seus clientes. A realidade está diferente. Há oportunidades, mas entender os projetos e desafios de cada segmento será fundamental", frisou Rofrigues.
Para a pesquisa, o ISF entrevistou 1.140 empresas que atuam no páis, de todos os segmentos.
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