A publicidade pela internet não sentiu os efeitos da crise e cresceu 44% no passado, somando R$ 760 milhões no Brasil. Com isso, os anúncios na web passaram a representar 3,5% do total de publicidade no país, um incremento de 0,8 ponto percentual em relação à participação de 2,7% que detinha no fim de 2007.
"Fechamos o ano passado com números positivos, mas acreditamos que deveríamos ter uma participação maior. Ainda existe muita oportunidade para se conseguir mais espaço para a internet nos investimentos publicitários. O Brasil tem um grande potencial e muitas oportunidades não exploradas", afirma Guilherme Ribenboim, presidente da IAB Brasil. A IAB é o braço brasileiro do Interactive Advertising Bureau norte-americano.
O executivo cita exemplos mundiais para mostrar o real potencial da internet. Segundo ele, na Inglaterra, a representatividade da web nos investimentos publicitários já esta próxima de ultrapassar a TV. Além disso, Ribenboim frisa que, no mundo, a internet já deixou o rádio para trás e deve ultrapassar os jornais e revistas neste ano.
No Brasil, a participação da web no bolo publicitário, de 3,5%, está muito aquém de veículos com rádio, jornais, revistas e televisão.
Entre as oportunidades de gerar novas receitas, Ribenboim aponta as redes sociais e blogs, que surgem como grandes possibilidades para investimento em campanhas, principalmente pela sua abrangência e adesão no Brasil.
A projeção para este ano é que a publicidade pela internet alcance a meta de faturar R$ 987,1 milhões, o que significaria um crescimento de 31%. "A internet pode ser um meio mais interessante para os anunciantes nesse momento, por possibilitar investimentos mais baratos e com retorno em curto prazo, ou seja, com uma mensuração de resultados mais rápida, o que vai ao encontro da necessidade das empresas no atual cenário. Isso é uma grande oportunidade para a internet", frisa Ribenboim.
Caso seja atingida a meta de crescimento para este ano, a web passaria a responder por 4,2% do bolo total de publicidade, uma expansão de 0,7 ponto percentual ante 2008.
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