iG usará sinergia com a Oi para crescer em conteúdo móvel

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O novo presidente do iG, Fábio Coelho, disse, em entrevista exclusiva a este noticiário, que a empresa pretende fazer investimentos significativos em infraestrutura para transmissão de vídeo em plataforma móvel, com o objetivo de aproveitar a base de usuários da Oi de telefonia celular.
O executivo também declarou que está investindo em ferramentas de tecnologia e na formação de uma equipe de jornalistas para oferecer melhor conteúdo através de canais exclusivos, como o canal feminino Delas e o de Economia, para qual foram contratados 25 profissionais.
Veja, a seguir, a entrevista com o executivo, que fala sobre os principais projetos do iG para este ano:
P – O iG está realizando uma série de investimentos para oferecer novos conteúdos aos leitores? Quais são os principais e o que eles pretendem atingir?
R – Desde o ano passado, o iG vem investindo em melhorar a qualidade do conteúdo oferecido através da produção própria e de parceiros estratégicos. Esse projeto começa com a contratação de uma equipe de profissionais altamente qualificados e renomados – foram mais de 90 contratações para reforçar o quadro interno. Desde setembro de 2009, o iG vem crescendo e o objetivo é oferecer a melhor experiência possível de navegação, informação, interatividade e diversão aos internautas. Isso se traduz em criação de novos canais como, por exemplo, o canal Delas que foi lançado no mês de novembro. No dia 23 de março, apresentaremos o canal Economia com uma equipe de 25 profissionais e diversas ferramentas em uma plataforma de interatividade única no mercado brasileiro. Estamos realizando um trabalho de redesenho de layout e navegação e reforçando o conceito de interatividade que sempre foi um dos pilares do iG. O objetivo é oferecer conteúdo de alta qualidade, uma equipe de alta qualidade para gerar uma experiência de alta qualidade. Continuaremos com nossos investimentos ao longo do ano para que possamos construir esse portal que será referência no mercado brasileiro.
P – Como você pretende aproveitar a possibilidade de uso de multiplataforma para gerar negócios e audiência ao portal? Existem projetos envolvendo banda larga e mobilidade?
R – Sim, sem dúvida. O pilar número um é que a Oi percebeu a vantagem e a validação estratégica do iG dentro de um plano onde podemos capitalizar através da convergência de mídias. A Oi está muito bem posicionada no mercado brasileiro, pois tem presença em internet/banda larga, TV e móvel e uma capacidade de distribuição muito forte. Tudo isso associado ao fato do iG possuir conteúdo de qualidade, plataforma de interatividade, mais de 5 milhões de contas de e-mail, além de suporte estendido e produtos de apoio aos consumidores de banda larga. O iG não é só um portal, ele é mais do que isso e se enquadra dentro da filosofia da Oi como mais um pilar estratégico na convergência de mídias que está em curso no Brasil.
P- O iG tem cerca de 2,5 milhões de assinantes e 16 milhões de visitantes únicos? Como pretende aumentar esses volumes e qual mix de receita pretende estabelecer entre os vários produtos e serviços que oferece?
R – O iG tem uma base bastante ampla de clientes e acreditamos que isso é legado do pioneirismo do portal lançado como um servidor há dez anos. Sabemos que a receita de provedor de acesso gratuito e banda larga tende a ser comprimida e que deverá ser substituída pela receita com publicidade e serviços. A nossa visão estratégia é que temos que participar desse momento realizando investimentos em conteúdo e plataformas que sustentarão o crescimento do mercado que está migrando nessa direção. No exterior, a participação da internet no bolo publicitário é da ordem de 12%, 15% e 25%. No Brasil, ainda existe uma força do meio televisão aberta que tem um share muito alto. O meio internet tem 4% do bolo publicitário brasileiro, o que é muito pouco. Acreditamos que esse número tende a aumentar com o crescimento da banda larga e a adoção das mídias on-line, redes sociais. E é por isso que apostamos na oferta de conteúdo e plataformas de alta qualidade que gerarão receita em publicidade e serviços para o iG.
P- Como iG avalia a importância das redes sociais para gerar retorno aos seus anunciantes? Existe algum projeto previsto com esse foco? Quais as tendências que pretende explorar para fidelizar esse internauta 2.0?
R – O iG foi pioneiro nas mídias sociais tanto que a proposta apresentada ao mercado nos últimos três anos "O Mundo é de quem faz" pressupõe essa participação ativa do internauta não só como produtor de conteúdo, mas como distribuidor também. A execução dessa proposta vem através da incorporação de mídias sociais em todos os canais e de todas as formas de consumo de conteúdo, curadoria, geração e distribuição. O iG e outras empresas do mercado estão tentando entender esse ecossistema que pode gerar visibilidade. Porém, todas elas querem saber como monetizá-las, já que essa nova realidade é muito recente. O iG está na ponta dessa tendência e estamos trabalhando com parceiros para que se torne um benefício aos nossos usuários. Um exemplo é o site de esporte onde as pessoas conseguem distribuir seus comentários e postar nas redes sociais. No canal Eleições teremos também uma participação bastante forte em mídias sociais.
P – O iG foi premiado pela Casas Bahia como melhor parceiro na categoria de veículo on-line. Isso quer dizer que o portal tem grande audiência nas classes C e D?
R – Não, de forma alguma. Para conhecimento, 70% dos nossos usuários pertencem à classe A/B, e a classe C/D também é muito bem-vinda.
Quanto ao prêmio que ganhamos do maior anunciante do país, ele revela que o iG desenvolve projetos que entregam resultados, que entregam performance. Continuaremos levando o iG para nossos leitores e também para nossos anunciantes que continuem apreciando esse valor.
P- Quais os investimentos e projetos que pretende lançar para atrair o mercado de publicidade em 2010?
R- Lançaremos novos verticais como Economia e Eleições e continuaremos a investir na oferta de conteúdo de qualidade. Em paralelo, estamos investindo em infraestrutura de vídeo e móvel para capitalizar os usuários da Oi de telefonia móvel. Continuaremos investindo em produtos diferenciados como o iG Filmes e iG Proteção da Família e novidades que virão como o iG Livros. Não queremos ser só produtores e agregadores de conteúdo e sim ter participação com interatividade e geração de novos serviços entregando qualidade, confiabilidade e eficiência aos usuários.

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