A Senior Solution, fabricante brasileira de software para o setor financeiro, divulgou os resultados do quarto trimestre e do ano de 2015. O lucro líquido somou R$ 9,8 milhões no ano, o que representa uma redução de 11,6% em relação a 2014. A receita líquida totalizou R$ 75,3 milhões, um crescimento de 6%, em um ano marcado por retração do PIB de 3,8%. A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) alcançou R$ 9,8 milhões, redução de 10,9%. Segundo a empresa, este foi o décimo primeiro ano consecutivo de crescimento da receita.
No quarto trimestre, a Senior registrou lucro líquido de R$ 2,9 milhões, aumento de 77,2% sobre o mesmo período do ano anterior, devido, principalmente, aos benefícios fiscais da Lei do Bem em maior magnitude no trimestre. A margem líquida foi de 14,9%, maior percentual do ano, beneficiada por créditos fiscais contabilizados no período.
A receita líquida totalizou R$ 19,2 milhões, 1,9% superior ao mesmo período de 2014, e a receita recorrente, R$ 17,0 milhões, 20,5% superior no mesma base de comparação. A receita recorrente representou 88,5% do total, contra 74,8% no mesmo período do ano anterior, um aumento expressivo que resultou no indicador mais favorável da história da companhia.
De acordo com Bernardo Gomes, diretor presidente da Senior Solution, o aumento expressivo da receita recorrente foi resultado do crescimento acelerado nas unidades de outsourcing e software. "O crescimento de 26,0% em outsourcing reflete a expansão da equipe em dois importantes clientes, enquanto o crescimento de 17,3% em software é explicado pela adição da receita do segmento de Consórcios", afirma o executivo, lembrando que as duas unidades renovaram os recordes trimestrais.
O lucro bruto somou R$ 6,9 milhões, redução de 10,6%, com diminuição na margem bruta devido, principalmente, ao desempenho dos negócios de consultoria e serviços. De acordo com o executivo, essas unidades apresentaram retração nas receitas com a menor demanda por projetos, fato que penaliza a lucratividade na presença de custos fixos. Por outro lado, o negócio de software para consórcios surpreendeu com forte evolução na margem bruta de 16,1% do primeiro trimestre, quando ocorreu a aquisição da Aquarius Tecnologia, para 38,4% no quarto trimestre. Segundo o executivo, a recente aquisição da Pleno abre novas possibilidades de sinergias nas operações voltadas para o segmento de consórcios.
O Ebitda foi de R$ 2,8 milhões, confirmando a tendência de crescimento dentro do ano, mas apresentou redução de 14,7% sobre o quarto trimestre de 2014. A margem Ebitda foi de 14,8%, maior percentual do ano mesmo com a elevação da contribuição previdenciária sobre receita bruta a partir de dezembro, consequência do esforço de adequar a estrutura operacional à demanda. "Conseguimos reduzir as despesas gerais e administrativas apesar da inflação, devido ao controle mais restritivo de gastos, preservando a lucratividade da companhia", afirma Gomes.