O Brasil é o quinto principal destino para serviços de offshore outsourcing (modalidade de terceirização de serviços feita fora do país de origem), segundo dados de uma pesquisa encomendada à AT Kearney pela Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom).
A nova colocação no ranking foi alcançada em 2007 e representa um salto de cinco posições na comparação com 2005, quando o país ocupava o décimo posto.
De acordo com o relatório, a América do Norte e a Europa contam com 77% da demanda global de serviços de outsourcing de TI e de outsourcing de processo de negócios (BPO, na sigla em inglês), sendo que no mercado global este setor gerou US$ 819 bilhões em 2008, apresentando crescimento de 9,4%.
Após saltar de US$ 50 bilhões em 2007 para US$ 70 bilhões em 2008, o mercado de offshore de outsourcing deve atingir US$ 101 bilhões em 2010, aumentando 20% nos próximos dois anos, ou seja, um incremento de US$ 31 bilhões, segundo a AT Kearney.
A consultoria avalia que, com a liderança da Índia no mercado de offshore, o Brasil competirá com outros países emergentes, como China, México, Argentina, Chile, entre outros, para dividir metade dos cerca dos US$ 31 bilhões que serão movimentados no setor nos próximos dois anos.
O estudo constatou que o Brasil aprimorou a competitividade como um destino para offshore outsourcing e tem recebido atualmente uma parcela cada vez mais representativa desse mercado. A AT Kearney também destaca que o país é o terceiro colocado em recursos humanos e ambiente de negócios.
Segundo a consultoria, para o Brasil se tornar um dos três principais players globais do setor de tecnologia da informação e comunicação (TIC), a questão tributária deverá ganhar atenção especial neste e nos próximos anos, além de melhorar a competitiva em termos de custos.
- Ascensão no ranking