A adoção de novas tecnologias, como a Internet das Coisas, Big Data e inteligência cognitiva, e a adoção de serviços gerenciados em nuvem foram os principais fatores que impulsionaram o mercado de Infraestrutura como Serviço (IaaS) na América Latina. A Frost & Sullivan aponta uma receita nesse setor de US$ 1,8 bilhão em 2017 com projeção de US$ 7,4 bilhões até 2022, com um crescimento acumulado de ano sobre ano (CAGR) de 31,9%.
Em 2017, o Brasil representou 50,7% do total de negócios, seguido pelo México com 22,9%, Chile com 7,9% e Colômbia com 6,5%. Para capitalizar as oportunidades de crescimento, os provedores de serviços devem oferecer soluções end-to-end em nuvem e integrar recursos para suportar indústrias conectadas.
Para atender às demandas dos clientes em um mercado altamente competitivo e consolidado, a consultoria recomenda que as empresas se concentrem no desenvolvimento do conhecimento relacionado a indústria e ofereçam soluções de transformação digital por meio da nuvem, novas tecnologias como Internet das Coisas e inteligência artificial.
As quatro áreas que criam oportunidades de crescimento no mercado latino-americano de IaaS incluem:
1. O Multi-cloud já é uma realidade dentro de grandes corporações e aumenta a necessidade de integração, padronização e gerenciamento desses ambientes. Para um gerenciamento eficiente, a adoção de provedores de serviços gerenciados em nuvem se torna o caminho natural.
2. O mercado de pequenas e médias empresas representa mais de 40% da receita recorrente em provedores públicos de nuvem, mas, apesar desse número ser grande, ainda está muito abaixo do potencial desse mercado.
3. A Internet das Coisas pode ser considerada muito mais do que uma tecnologia, podem ser vista como uma nova indústria porque cria um enorme ecossistema de produtos e serviços, desde a fabricação dos sensores, passando pela infraestrutura de dados, armazenamento e processamento. IoT exigirá um alto poder de computação e capacidade de armazenamento de dados apenas possíveis em ambientes de nuvem.
4. O setor financeiro investe mais em soluções tecnológicas. Em 2018, o Banco Central, definirá a política de segurança cibernética e estabelecerá os requisitos para a contratação de serviços de armazenamento e processamento de dados e computação em nuvem, incluindo requisitos contratuais mínimos. Com base neste regulamento, os bancos começarão a usar provedores de nuvem pública de larga escala.