Pesquisadores brasileiros participam de competição internacional em Singapura com o apoio da climate tech brCarbon

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Com apoio da climate tech brCarbon, uma equipe de pesquisadores, em sua maioria brasileiros, embarca rumo a Singapura para disputar o XPRIZE-Rainforest, uma competição que mobiliza tecnologias inovadoras para a preservação de florestas tropicais. O "Brazilian Team" está entre as 15 equipes semifinalistas da competição internacional que premiará os primeiros colocados com valores que somam até US$ 10 milhões. 

A competição começou em 2019 com cerca de 800 inscritos e agora em maio chega à fase de testes em campo. A brCarbon participa emprestando ao grupo o sensor remoto LiDAR (do inglês Light Detection and Ranging), que é integrado ao drone no mapeamento em três dimensões das florestas. O principal objetivo do uso do sensor LiDAR na área é proporcionar a mensuração da estrutura da vegetação, incluindo altura das árvores, densidade de vegetação, diversidade estrutural e estoques de carbono. 

"Essa parceria com o Brazilian Team, além de ajudar os pesquisadores na disputa pela premiação, é, acima de tudo, uma forma de a brCarbon se manter atualizada e incluir novas tecnologias de monitoramento nos seus projetos de carbono. Inclusive, atualmente, a brCarbon já utiliza em seus projetos, de maneira pioneira, a mensuração florestal com sistema drone-LiDAR", afirma Danilo de Almeida, diretor REDD+ da brCarbon e um dos pesquisadores integrantes do "Brazilian Team".

As finais da XPRIZE-Rainforest serão realizadas em 2024 em local a ser anunciado. Vencerá a equipe capaz de pesquisar a maior biodiversidade contida em até 100 hectares de floresta tropical em 24 horas e fornecer as ideias mais impactantes em 48 horas, no sentido de identificar também os serviços ecossistêmicos das espécies identificadas.

O coordenador do "Brazilian Team", Vinicius Souza, está bastante otimista com a participação nas semifinais agora em Singapura. "Embora seja um país pouco conhecido para nós, o ambiente de floresta tropical é muito familiar e faz parte do nosso dia a dia como pesquisadores, o que é vantajoso em relação aos times de países do Hemisfério Norte, onde fica a maioria dos demais competidores", afirma Souza, que é professor no Departamento de Ciências Biológicas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP).

Com o valor do prêmio, o "Brazilian Team" pretende compor um fundo voltado a pesquisas e capacitação para conservar e restaurar a Amazônia e a Mata Atlântica. A participação da equipe na iniciativa conta com o apoio da Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq). O "Brazilian Team" é formado por mais de 50 pesquisadores e outros profissionais com conhecimento técnico-científico multidisciplinar, entre eles botânicos, zoólogos, ecólogos, advogados, economistas e engenheiros do Brasil e também de países como França, Colômbia, Espanha, Portugal, EUA e Bélgica, de instituições como USP, Unesp, Unicamp, UFSCar, Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Unitau, Pl@ntNet (Cirad, Inria), CNRS, ENS, Pinheiro Neto Advogados, SIMA, RBMA e umgrauemeio.

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