O tão aguardado lançamento do novo sistema operacional da Microsoft, Windows 8, previsto para outubro, é a principal aposta das fabricantes de PCs para impulsionar as vendas no quarto trimestre. No segundo trimestre, as vendas mundiais registraram ligeiro declínio de 0,1%, na comparação com o mesmo período de 2011, de acordo com o Gartner e a IDC. Porém, analistas ouvidos pelo jornal britânico Financial Times continuam pessimistas e alertam que esta esperança pode ser inviável considerando a desaceleração da economia global. Ao contrário de crises anteriores, como na que ocorreu em 2008, a demanda dos consumidores por novos aparelhos eletrônicos parece já não dissociar-se mais do estado da economia em geral.
Para Kirk Yang, chefe de pesquisa do Barclays Capital, a capacidade dos fabricantes de PCs em criar maneiras para aumentar o desejo dos consumidores será fundamental para o sucesso em uma época em que os cortes nos orçamentos das empresas e do governo também prejudicaram as vendas do segmento.
Na Ásia, economistas do HSBC estimam que a produção de eletrônicos cresça apenas 1,5% em agosto, abaixo da média de 3,7% prevista para os próximos três anos. De fato, as marcas de computadores asiáticos estão se saindo melhor do que as americanas. A HP perdeu 2 pontos percentuais de quota de mercado global sobre o ano anterior, caindo para 14,9% no segundo trimestre, enquanto a chinesa Lenovo conquistou 14,7%. A Dell caiu para quarto lugar, ultrapassada pela Acer e a Asus ficou em quinto, com quase 40% de crescimento no market share.