Os tradicionais fornecedores de equipamentos de telecomunicações estão voltando seus esforços para o desenvolvimento de competência não apenas para fornecer os equipamentos da nova geração das redes de telecomunicações (as redes NGN) mas para todo tipo de serviço relacionado à tecnologia IP, base da próxima geração.
Com a criação do Centro Integrado de Serviços Profissionais (Cipro) – que consumiu desde 2004, R$ 8 milhões – a NEC inicia uma operação integrada para provimento de "serviços técnicos especializados".
"Estamos propondo ao mercado a cadeia completa, desde consultoria até a implementação em si e o pós-venda", diz Paulo Castelo Branco, presidente da NEC.
O Brasil foi escolhido pela NEC Corporation para atender toda a demanda da América Latina. O Cispro congrega todas as áreas de serviços que antes estavam espalhadas pelos segmentos de negócios da empresa.
"Um cliente que tem contrato de gestão de rede está automaticamente conectado ao Cispro", diz Castelo Branco. Assim, o centro já nasce com mais de 20 "grandes clientes" como Eletropaulo, Cemig, Petrobras, no segmento de utilities. E Brasil Telecom, Embratel, Telemar, Telmex, Telefônica – no Brasil e América Latina – e Vivo. O centro também está preparado para atender a demanda do mercado corporativo.
"Tradicionalmente o serviço é vendido junto com a rede. No entanto, há uma tendência de separação dessas duas coisas, até porque hoje em dia, a parte de serviços exige uma competência técnica altamente qualificada", diz Castelo Branco.
O objetivo da companhia é crescer a fatia de serviços na receita total de 11% para 25%, em um prazo de três anos. O faturamento da NEC no primeiro trimestre deste ano foi de R$ 170 milhões.