Brasil tem o menor índice de avanço da sociedade da informação na AL

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O Brasil apresentou, mais uma vez, o menor Índice da Sociedade da Informação (ISI) na comparação com o México, Argentina, Colombia e Chile. O crescimento de 1,1% interanual foi inferior ao da média regional e o menor dos últimos 15 trimestres. Os dados referem-se ao primeiro trimestre deste ano do ISI, relatório elaborado pela everis, empresa de consultoria que oferece soluções de negócios e tecnologia da informação, e a IESE, escola espanhola de pós-graduação em administração de empresas.

O ISI analisa a penetração da sociedade da informação na Argentina, Chile, México e Colombia. Entre os itens medidos estão a quantidade de computadores e de celulares em funcionamento para cada mil habitantes, os gastos com TI em relação ao PIB, o desenvolvimento do comércio eletrônico e o acesso à internet. Avalia também o comportamento do ambiente externo nos cenários econômico, institucional e social.

No Brasil, o crescimento das tecnologias da informação e comunicações (TICs) perdeu força em relação ao mesmo período de 2006, ainda que tenha apresentado uma melhora significativa em algumas variáveis, como a existência de 2,2 unidades de servidores para cada mil pessoas, o que representa um aumento interanual de 9,3%, o mais alto em cinco anos.

Também foi registrado um crescimento no desenvolvimento das tecnologias da informação de 7,2% durante o primeiro trimestre, quando comparado com o ano anterior. Mas, entre os países analisados, o Brasil teve o menor número de celulares, contabilizando 538 terminais em funcionamento para cada mil habitantes, com um aumento interanual de 13,2%, o menos significativo nos últimos nove anos.

Segundo o ISI, o Brasil não deixará de apresentar o índice mais reduzido entre os países analisados nos próximos dois trimestres. As TICs, diz o relatório, podem prosperar, graças aos computadores e ao gasto com tecnologias da informação e comunicações. A previsão é de que o país tenha 163 computadores para cada mil habitantes, o que significaria um aumento interanual de 20,8%. Espera-se que o gasto total em TIC por habitante chegue a US$ 490, equivalente a uma alta de 27,3%. O estudo também aponta que haverá quedas na área econômica e institucional no terceiro trimestre, o que não seria neutralizado pelas melhoras nos setores sociais e de infra-estrutura.

No que se refere à América Latina, o ISI no primeiro trimestre de 4,42 pontos, o que representa uma valorização de 1,6% em relação ao mesmo período do ano passado, o menor registrado desde 2003. Nas TICs, o número de computadores atingiu 134 para cada mil habitantes, com aumento de 18,7%. Já os celulares somam 595 terminais, com crescimento de 19,2%, enquanto a quantidade de pessoas com acesso à internet registrou 208 para cada mil habitantes (+29,6%).

O Chile foi novamente o país que apresentou o maior índice de desenvolvimento na sociedade da informação, alcançando 5,76 pontos, um aumento interanual de 3,3%. Em segundo lugar ficou a Argentina com 4,75 pontos e, em terceiro, o México, com 4,58 pontos.

As projeções da everis e o IESE para os próximos dois trimestres indicam que o ISI continuará em desaceleração, podendo atingir 4,45 pontos. Entretanto, as estimativas são de que as TICs manterão um crescimento significativo na pontuação média, de acordo com o número de computadores e de usuários de internet, estimado em 146 e 240, respectivamente, chegando a 2,99 pontos no terceiro trimestre.

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