O uso sem precedentes das mídias sociais para acompanhamento em tempo real das competições nas Olimpíadas de Londres dão uma ideia do tamanho do desafio que a Internet e as telecomunicações brasileiras enfrentarão em 2014 e 2016, anos em que o país sediará a Copa do Mundo da Fifa e os Jogos Olímpicos. Só no Facebook, o Brasil já é segundo do mundo em número de usuários, atrás apenas dos Estados Unidos.
Em Londres, o comitê olímpico (COI) chegou a pedir moderação aos fãs no uso de Twitter e celular, porque a sobrecarga provocada pelas mensagens publicadas no microblog estaria afetando a cobertura televisiva.
Segundo o instituto Nielsen, 67% dos adultos do Reino Unido usaram mídias sociais para acompanhar ao vivo os jogos e as celebrações. Na abertura oficial do evento, em 27 de julho, as conversas sobre o tema nos sites de relacionamento cresceram 19%. Nesse dia, a empresa de medição constatou que 30% dos britânicos com idade entre 18 e 54 anos usaram as mídias sociais por mais tempo do que faziam habitualmente.
Em 4 de agosto, quando atletas britânicos ganharam seis medalhas de ouro e quebraram recorde mundial em ciclismo, 40% dos britânicos adultos gastaram mais de duas horas acompanhando as competições, diz o instituto. O Facebook se revelou o canal mais popular e o Twitter o mais relevante entre jovens de 18 a 24 anos.
O Nielsen informa que das 900 milhões de pessoas que assistiram à cerimônia de abertura dos jogos de Londres, em 27 de julho, 27 milhões eram da Grã Bretanha. Essa audiência superou a do casamento dos herdeiros do trono britânico, realizado no ano passado.