Os rumores de que a BlackBerry estaria buscando alternativas para reverter sua situação financeira e que, entre elas, considerava até mesmo a hipótese de venda da operação podem não ter agradado ao presidente e CEO da fabricante canadense, Thorsten Heins, que saiu em defesa da empresa ao dizer ver "atraentes oportunidades no longo prazo para o BlackBerry 10". Mas, no fundo, também não devem tê-lo desagradado.
Documento da própria empresa revela que, no caso de demissão, o executivo terá direito a receber US$ 55,6 milhões, entre salário, incentivos e prêmios. Isso se a demissão for feita pelos novos controladores da companhia. Por outro lado, se Heins for demitido sem uma mudança de controle da empresa, o valor do bônus reduz para menos da metade, totalizando US$ 22 milhões.
Segundo o blog de tecnologia All Things Digital, os valores dos bônus são baseados no preço das ações da BlackBerry no fim do quarto trimestre fiscal, encerrado em 28 de março. O plano foi aprovado pelos acionistas na assembleia geral anual, ocorrida em 9 de julho passado.
Heins foi nomeado CEO da BlackBerry em janeiro de 2012, quando os cofundadores e CEOs Mike Lazaridis e Jim Balsillie da então Research In Motion (RIM) abandonaram suas posições. Procurada pelo blog, a BlackBerry não quis comentar sobre o pagamento de benefícios ao atual CEO.