IA no design de produtos: experiência customizada para os usuários

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Em 2023 o mundo virou os olhos com foco total para IA generativa, e ficou uma certa dúvida de como as empresas de diferentes portes e atuações poderiam explorar todo potencial desse novo momento de transformação e inteligência artificial. De fato, estamos vivendo uma nova era, que através da IA iremos vivenciar o novo jeito de interação entre homem e máquina, além de ganhar produtividade e melhorar significativamente a qualidade e redução de tempo das atividades manuais e operacionais, desde uma codificação de software a transcrições de áudio e ao aprimoramento de imagens ou vídeos. E também teremos um novo avanço em como criar novas experiências cada vez mais personalizadas!

A IA generativa provou ser uma tecnologia surpreendentemente eficiente, embora ainda esteja nos estágios iniciais, mas de certo modo já vem acelerando a entrega de uma jornada mais humanizada aos usuários nos produtos digitais. Quando falamos sobre IA no design, temos diversos tipos de aplicações e interações que potencializam e entregam uma experiência mais interessante e customizada aos usuários.

A maturidade sobre o tema é algo que vem na crescente quando estamos falando de experiência e produtos digitais. Porém, o momento está em utilizar IA no processo de implementação de projetos como Discovery de Produtos e Experiência do Usuário, otimizando tempo durante o processo criativo, análises de pesquisas e obtenção de insights valiosos que acontecem durante o processo de desenvolvimento. Uso do Chat GPT-4 e IA geradoras de imagens para otimizar fluxos de trabalho, processos e aumentar a eficiência operacional, possibilitando aos times de design terem uma maior concentração em tarefas mais estratégicas, analíticas e criativas. Uso de IA no dia a dia da operação:

  • Tabulação de entrevistas, roteiros e análise de dados obtidos em processos de ideação e cocriação;
  • Geração de imagens, ilustrações e gráficos que auxiliam na criação de interfaces e protótipos em momentos de validação de ideias;
  • Mais agilidade e eficiência na padronização de dados e melhorias nos resultados de testes de usabilidade;
  • Edição de imagens e composições gráficas com ganhos expressivos no tempo de execução;
  • Facilitação na geração de referências visuais para o cliente compreender etapas de construção e ideação.

Experiência o tempo todo. We want it!

Além de benefícios no processo de criação, o uso de IA em UX e CX é um diferencial quando a experiência do usuário tem melhorias significativas através de personalização. Com a utilização de algoritmos de aprendizado de máquina, é possível coletar dados sobre o comportamento e as preferências dos usuários, adaptando o design do produto ou serviço de acordo com as necessidades individuais. Isso resulta em uma experiência mais relevante e personalizada, aumentando a satisfação e fidelização dos usuários.

O exemplo prático de hiperpersonalização são a Netflix, com uma seleção de filmes que mais nos interessa, as sugestões de músicas lançadas no Spotify de acordo com as nossas preferências e histórico de uso, e até o Waze, que além de fornecer o serviço de GPS, possui inteligência para indicar uma loja com um desconto ou campanha de publicidade de forma automática de acordo com a geolocalização e interesse de compra.

Segundo o relatório da Zendesk CX Trends 2024, cerca de 70% dos líderes de CX afirmam que a IA generativa fez com que as organizações dessem um passo para trás e reavaliassem toda a experiência do cliente. O que isso quer dizer na prática?

A resposta é que ainda estamos em processo de experimentação e exploração, pois diversas tecnologias surgem o tempo todo. Isso causa um certo estresse para lideranças e times que ainda estão em fase de implementação e mergulhando nesse cenário de possibilidades para melhorar a experiência dos clientes. Segundo a McKinsey 2023, espera-se que a IA Generativa contribua com até US$ 4 trilhões para a economia global.

Desta forma, a IA vem ganhando espaço nas empresas de tecnologia e design de produtos, sendo crucial estar atento aos movimentos do mercado para entregar soluções que realmente façam sentido aos clientes, e que não seja apenas uma moda.

Quando já temos alguma interface, aplicativo ou sistema em uso, através do uso de dados e algoritmos avançados, é possível coletar e processar dados em tempo real, permitindo que os designers acompanhem e entendam o comportamento dos usuários de forma mais precisa e imediata. Isso possibilita a criação de experiências mais personalizadas e adaptadas às necessidades individuais de cada usuário.

Por mais que o uso de IA traga mais eficiência e agilidade no processo, não quer dizer que o trabalho fique mais fácil e mais barato, pois a inteligência dos profissionais e gestão do projeto, licença de softwares, metodologia e outros itens são essenciais para garantir que o projeto obtenha sucesso. O ponto aqui é garantir maior previsibilidade nas entregas, otimizar tempo, focar em tarefas mais estratégicas e garantir que o processo tenha mais agilidade, porém sem perder qualidade.

A integração estratégica da Inteligência Artificial generativa e a priorização da experiência do usuário são pilares essenciais para impulsionar a inovação e o sucesso nos produtos digitais futuros. Ao adotar essas abordagens em suas práticas cotidianas, os profissionais não apenas acompanham, mas também guiam a evolução do mercado digital.

Daniel Faulin, CXO na empresa Verity.

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