Com o objetivo de diminuir problemas gerados no pronto atendimento e na ronda dos pacientes internados e, ao mesmo, tempo aumentar a produtividade do seu corpo clínico, o Complexo Hospitalar do Mandaqui, em São Paulo, resolveu adotar o iPad, equipamento da Apple, em suas operações.
A escolha do dispositivo se deu, em um primeiro nível, pela facilidade de manuseio e por atrair a atenção dos profissionais, que se encantam com os aplicativos e as possíveis utilidades do gadget para o dia a dia. A diretora de TI do Hospital, Nendy Ribeiro, afirma que apostar em mobilidade será crucial para as instituições de saúde. "A grande vantagem que tivemos ao optar pelo iPad foi a mobilidade dada ao corpo clínico e à diretoria, e a otimização do tempo em algumas operações do hospital", ressalta.
O tablet é utilizado para atividades como, acessar gráficos de medicação do paciente, controlar doses de medicamentos ingeridas e para o controle dos atendimentos feitos pelos médicos do complexo.
Pensando na expansão da aplicação do iPad, o hospital planeja incluir entre os usuários os fisioterapeutas, que podem acompanhar a evolução de seus pacientes, lançando dados informados pelos mesmos e criando gráficos de evolução do estado. Farmacêuticos podem controlar saídas de medicamentos e interações medicamentosas para receitas atendidas ou bioquímicos que podem emitir comunicados específicos, informando resultados de exames com valores críticos diretamente para o iPad do médico.
O iPad já havia sido destacado por especialistas em gestão de saúde como um aparelho que poderia melhorar a qualidade de atendimento a pacientes, entre eles Joseph Kim, médico-executivo colaborador do blog de saúde Mobile Health Computing (www.mobilehealthcomputing.com).
Kim aponta seis características que tornam o gadget da Apple ideais para esse segmento: ensinar pacientes; permitir a utilização do iPad pelos pacientes para aprender sobre saúde e bem-estar, enquanto aguardam o atendimento do médico; tomar notas; permitir que os pacientes possam acessar seu registro de saúde pessoal; tocar músicas na sala de exame; acessar a jogos.
No primeiro item, o especialista destaca a possibilidade de uso de recursos multimídia, como vídeos, animações, diagramas, gráficos, etc, para ensinar os pacientes sobre suas doenças e condições específicas.
Segundo ele, o equipamento também permite que os pacientes também leiam notícias mais recentes sobre saúde e, mesmo se o hospital não estiver usando um registro de saúde eletrônico ou prontuários eletrônicos, o médico ainda pode usar do iPad para tomar algumas notas e gravá-las no HD da máquina.
Outro recurso importante, é o acesso aos registros de procedimentos e medicamentos prescritos em tempo real e de modo explicativo. Para pacientes ansiosos, tocar uma música relaxante e para pacientes deprimidos, tocar alguma música que os anima. O iPad também é visto como um ótimo recurso para os pediatras deixarem as crianças a vontade, com acesso a alguns jogos enquanto o médico conversa com os pais sobre as condições de seus filhos ou aplica algum medicamento.
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