Agora é oficial: a Samsung fará o recall de um milhão de smartphones do modelo Galaxy Note 7 por apresentarem riscos de explosão. A fabricante coreana de telefones celulares disse na semana passada que irá substituir todos os aparelhos Note 7 em dez mercados, incluindo a própria Coreia do Sul e os Estados Unidos.
A Samsung apresentou um plano de substituição global dos novos smartphones de tela grande, há duas semanas, mas o recall formal só foi anunciado na quinta-feira, 15, pela Comissão Americana de Proteção ao Consumidor (CPSC, na sigla em inglês). Com esse obstáculo fora do caminho a substituição dos aparelhos deve durar até o fim de setembro.
Dos 2,5 milhões de Note 7 que foram vendidos, cerca de 1 milhão de unidades foram nos EUA, segundo a CPSC. O órgão regulador recebeu cerca de 92 relatos de superaquecimento de baterias, com 26 e 55 casos envolvendo queimaduras com danos materiais.
Com um novo design e tela grande, o Note 7 estreou no mercado no mês passado com críticas positivas e foi considerado o principal rival do novo iPhone 7, que chega às lojas dos EUA nesta sexta-feira, 16.
A Samsung havia alcançado uma posição de destaque com o sucesso de seu carro-chefe, o Galaxy S7, o que ajudou a impulsionar suas ações devido ao lucro trimestral recorde e a coloca-la no lugar mais alto do pódio por dois anos. Em vez disso, agora a fabricante coreana de smartphones baseados no sistema Android, do Google, se vê mergulhada na necessidade de realizar um grande recall.
Embora ainda não tenha sido lançado um relatório global sobre a questão que leva ao superaquecimento da bateria, as explicações dadas até agora apontam para um fenômeno conhecido como "fuga térmica", em que a bateria gera tanto calor que superaquece ou explode. Em última análise, isso acontece quando dois eletrodos estão suficientemente perto um do outro que são capazes de causar um curto-circuito. Normalmente, há uma membrana que separa esses eletrodos, a qual pode falhar se o equipamento for fraco, a bateria for comprimido, ou ambos.
As baterias foram produzidas pela subsidiária da Samsung Electronics, a Samsung SDI. Consumidores que compraram um Note 7 antes de setembro devem parar imediatamente de utilizar seus telefones, disse a CPSC, acrescentando que eles devem recorrer à operadora de telefonia móvel ou à loja da Samsung onde comprou a aparelho para receber um novo telefone, livre de taxas e com uma bateria diferente. Dos smartphones da marca vendidos nos EUA, 97% tinham a falha na bateria. Com agências de notícias internacionais.