Para acelerar suas entregas, como a Amazon e outras empresas, também o Walmart está testando drones nos Estados Unidos.
As compras feitas remotamente pelo cliente são embaladas e colocadas no interior do drone; ao chegar ao endereço do comprador, um cabo baixa a embalagem na frente da casa; é difícil pensar o que aconteceria aqui no Brasil logo a seguir… Não se sabe como o sistema funcionará no caso de apartamentos.
Os drones são fabricados ela startup israelense Flytrex e têm seis hélices. Podem voar a 50 km/h, a uma altura de 70 metros, transportando uma carga de 30 quilos e com autonomia de 11 quilômetros.
A empresa diz se tratar de um projeto piloto, que visa gerar conhecimentos sobre todo o processo, desde o embarque das compras até o retorno do drone à base. Como os concorrentes, o Walmart diz estar em fase de refinamento da tecnologia utilizada, visando principalmente aspectos ligados à segurança e à automação dos equipamentos, que se não chegar a um nível muito alto, pode tornar a operação inviável do ponto de vista econômico, pela necessidade de muita mão de obra de pilotagem – a legislação americana exige que os pilotos sejam certificados, com bons conhecimentos aeronáuticos, o que os torna caros.
Apesar do recente anúncio de medidas regulatórias para operação de drones, feito pelo governo americano, parece que ainda vai demorar até que seu uso para entregas seja corriqueiro.
No entanto, empresas que concorrem ferozmente, como Walmart e Amazon, não podem deixar de acompanhar cada movimento do adversário, sob pena de serem irremediavelmente ultrapassados.
Vivaldo José Breternitz, doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, professor da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie.