Relatório revela aumento de websites maliciosos

0

A Websense, fornecedora de soluções de segurança e produtividade web, divulgou nesta segunda-feira (16/10) os resultados do relatório semestral de tendências em segurança do Websense Security Labs 2006, que resume as descobertas dos primeiros seis meses de 2006 e apresenta projeções para o restante do ano. O relatório mostra que o volume de ataques na internet aumentou, com os códigos maliciosos se tornando mais discretos, mais difíceis de reconhecer e mais voltados para ganhos financeiros.

Não só os códigos maliciosos estão mais sofisticados, mas também a infra-estrutura que dá suporte à sua criação e disseminação se tornou mais complexa. Dos websites criados para o roubo de referências, quase 15% são derivados de kits de ferramentas, uma tática emergente na comunidade hacker. Esses kits, desenvolvidos por programadores profissionais de códigos maliciosos, estão freqüentemente à venda na internet e permitem que usuários sem experiência empreendam ataques sofisticados contra falhas e vulnerabilidades de sistemas operacionais.

O motivo para os ataques criminosos também se tornou mais evidente, trocando a simples busca por diversão do hacker tradicional por atividades criadas para roubar dados confidenciais a fim de obter ganhos financeiros. O relatório mostra um aumento de 100% em websites criados para a instalação de keyloggers, captura de dados da tela e outras formas de crimeware. Em contrapartida, a Websense verificou uma queda de 60% em websites criados apenas para mudar as preferências do usuário, tais como as configurações do navegador de rede.

Na primeira metade do ano, a empresa identificou e amenizou com sucesso diversas novas ameaças de alta sofisticação e ataques disseminados na web, incluindo o assalto contínuo à vulnerabilidade do WMF (Microsoft Windows Metafile) e à vulnerabilidade de ?dia-zero? do Internet Explorer.

?O Websense Security Labs continua na linha de frente no descobrimento de técnicas e ataques baseados na web. O crescimento dos kits de ferramentas tem trazido aos criminosos, que podem não ser versados em programação de códigos maliciosos, a capacidade de empreender ataques sofisticados com um mínimo de esforço ou de conhecimento especializado?, disse Dan Hubbard, vice-presidente de pesquisa em segurança da Websense. ?Além de proteger contra ameaças baseadas na web, como keyloggers ou spyware, a Websense registra esses kits de ferramentas para ataques a fim de proteger as organizações de forma proativa, antes que seja iniciada uma onda de ataques.?

De acordo com o relatório, o Websense Security Labs verificou o aumento da exploração de falhas tanto de tecnologias de servidores web como de cliente/browser. A varredura automática que busca vulnerabilidades em servidores e clientes está se tornando mais inteligente, e os criminosos estão aproveitando ao máximo essas vulnerabilidades. Durante a primeira metade de 2006, 35% de todos os sites maliciosos da Internet estavam hospedados em servidores que haviam sido comprometidos.

Destaques adicionais no relatório

? O relatório mostra um aumento de 100% em sites criados para a instalação de keyloggers, captura de dados da tela e outras formas de crimeware. Em contrapartida, a Websense verificou uma queda de 60% em sites criados apenas para mudar as preferências do usuário, tais como as configurações do navegador de rede.

? O Websense Security Labs constatou um aumento significativo no número de alvos de phishing. De fato, de 8 a 10 novos alvos são descobertos todos os dias. O laboratório também alerta que kits de ferramentas para phishing agora são utilizados para facilitar a ação. Por exemplo, um site fraudulento pode atacar até 50 bancos diferentes dentro dos subdiretórios individuais.

? Durante os primeiros seis meses de 2006, o Websense Security Labs constatou mais caos ? e mais sofisticação ? de extorsão virtual. Essa forma de extorsão virtual permite que os hackers mantenham dados em uma máquina de usuário final como reféns, exigindo uma soma em dinheiro para o desbloqueio. Juntamente aos números mais altos, o laboratório constatou melhor encriptação de dados, tornando mais difícil sua recuperação e o uso de engenharia reversa para desenvolver medidas eficientes de proteção.

? O Websense Security Labs descobriu mais botnets (coleções de computadores comprometidos) que usam tecnologias P2P para ganhar controle, o que as torna mais difíceis de desabilitar. O uso da web para controlar botnets também aumentou, permitindo aos proprietários de botnets controlar com mais facilidade as máquinas através de uma página na web.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.