Os membros do Conselho de Administração da Oracle devem enfrentar duras críticas durante a assembleia geral de acionistas marcada para o próximo dia 31. O motivo é a recomendação das consultorias Institutional Shareholder Services (ISS) e Glass Lewis para que formalizem votos de protesto contra a fabricante de software, devido as práticas de remuneração de executivos.
Relatórios aos quais o jornal britânico Financial Times teve acesso revelam que a ISS recomenda a "retenção" de votos para oito dos 11 membros do Conselho de Administração, enquanto a Glass Lewis sugere a rejeição de cinco diretores. As recomendações surgem na esteira da insatisfação demonstrada pelos principais investidores da companhia, devido em grande parte às elevadas concessões de opções de ações feitas ao CEO da Oracle, Larry Ellison.
Alguns acionistas reclamam que o CEO, que detém cerca de 25% das ações da empresa, continua a receber dezenas de milhões de dólares em opções de ações a cada ano, mesmo quando o desempenho da Oracle é irregular. A insatisfação também está relacionada aos altos salários de Ellison, que nos últimos três anos recebeu remuneração anual média de US$ 84 milhões.
Procurada, a Oracle se recusou a comentar os relatórios apresentados pelas consultorias.