A tecnologia está transformando o mundo em ritmo acelerado. No Brasil, a comunicação entre empresas está cada vez mais impactada pela convergência digital. Esse movimento de mudança foi resultado da fusão dos setores de Telecomunicações e de Tecnologia da Informação (TI), que, juntos, integraram outro componente fundamental neste processo: a mobilidade.
As pessoas estão mais conectadas e, assim, se tornaram mais produtivas e passaram a ter mais tempo disponível. Na era da informação e munidos com dispositivos móveis, os consumidores evoluíram, estão mais influentes, produzindo conteúdos e ativos para influenciar no processo de compra.
A integração entre Telecomunicações e TI é também uma realidade e que cresce a cada dia no mercado corporativo brasileiro. Essas duas áreas irão movimentar mais de 157 bilhões de dólares em 2015 no Brasil, sendo que o segmento de TI já responde por 37% desse total. Além disso, o segmento crescerá 6,7% neste ano.
O fato é que vivemos a terceira era da evolução tecnológica. Entre 2013 e 2020, 90% do crescimento da TI serão relacionados à Terceira Plataforma, que hoje representa 22% dos gastos com TIC no mundo. Tudo isso só é possível porque o setor de Telecom construiu uma infraestrutura capaz de suportar tal avanço – e continua investindo fortemente nesse sentido. Nos últimos 15 anos, as operadoras investiram, em valores atualizados, o equivalente a 400 bilhões de reais.
Hoje, muito se discute sobre os possíveis rumos da transformação digital e quais podem ser as próximas etapas do crescimento. É importante compreender que esse processo não é mais uma opção, mas um fenômeno consolidado que continuará afetando organizações e a forma tradicional de se fazer negócios.
A mobilidade tem sido uma revolução no mundo das empresas e virou uma plataforma de inovação. Estamos vendo companhias surgindo em cima da mobilidade e vários processos de negócios estão sendo alterados e melhorados por essa tecnologia. Entretanto, percebe-se no mercado uma certa resistência de parte das empresas na adoção da transformação digital. Muitos executivos alegam estarem receosos de se envolverem em algo que esteja fora de sua zona de conforto. Dados da IDC mostram que 21% dos funcionários conseguem trabalhar longe de suas mesas e dispõem de devices cedidos pelas empresas. Esse número revela como a mobilidade corporativa está em fase inicial no Brasil.
Por outro lado, o panorama de retração econômica que o Brasil enfrenta atualmente também deve ser considerado ao analisar a resistência dos executivos. Contudo, o cenário é positivo.. A mobilidade é vista como uma tendência cada vez mais concreta. Despesas com adoção de Data Centers, por exemplo, devem ter 7% mais que os dados de 2014.
Outras tendências já consolidadas fora do País como Cloud Computing, Big Data, Mídias Sociais e Internet das Coisas devem se tornar a bola da vez no ambiente corporativo brasileiro. São tecnologias prontas e maduras, que irão proporcionar a quebra de paradigma necessária para tornar as empresas mais ágeis e competitivas.
À medida que as empresas iniciarem a jornada para se tornarem digitais, conseguirão identificar e utilizar as melhores tecnologias na hora certa, e isso será um fator decisivo para sua competitividade no mercado.
No novo mundo digital, é fundamental que as companhias adotem tecnologias de ponta para obter ganhos financeiros reais e incrementar sua produtividade. A adoção de soluções de Telecom e TI com mobilidade ajudará as empresas brasileiras a se colocarem à frente dos concorrentes num mercado, cuja tônica definitivamente é a globalização e o foco são os resultados.
Mario Rachid, Diretor Executivo da Embratel.