A Cibra, uma das líderes no setor de fertilizantes no Brasil, anunciou o lançamento de uma rede social pioneira voltada para o agronegócio: o Jarilo. A plataforma digital, gratuita e inclusiva, promete revolucionar o relacionamento dos produtores rurais, agrícolas, e cooperados que podem trocar informações, aprenderem e se conectarem.
Rafael França, diretor de Inovação da Cibra, que liderou o desenvolvimento do Jarilo e, disse que a rede é um espaço virtual para profissionais do agronegócio esclarecerem dúvidas, discutirem tendências, aprenderem com especialistas e colaborarem entre si. Com o suporte de inteligência artificial avançada, a plataforma facilita e enriquece as interações e funcionado como um "consultor" virtual.
O Jarilo surge em um momento em que o agronegócio brasileiro, apesar de tecnificado, ainda enfrenta desafios na digitalização das relações fora da porteira. A plataforma foi desenvolvida para ser uma solução que não conecta apenas profissionais em diversas regiões do país, mas também promove a troca de conhecimentos de maneira acessível e colaborativa. "O setor agrícola no Brasil é enorme, com cerca de 29 milhões de pessoas trabalhando diretamente. No entanto, muitas soluções digitais focam apenas nos tomadores de decisão, deixando de fora aqueles que estão na linha de frente", apontou.
Uma das grandes inovações do Jarilo é a tecnologia de inteligência artificial treinada especificamente para responder a questões relacionadas ao agronegócio. Utilizando a mesma tecnologia base do ChatGPT, o IA do Jarilo se comporta como um "especialista virtual" do agro, capaz de fornecer respostas rápidas e precisas, sempre ajustadas com o feedback da comunidade. Além disso, os usuários podem criar grupos de interesse para discutir temas específicos, como técnicas de cultivo ou novas tecnologias, promovendo um ambiente colaborativo que visa aumentar a produtividade e a sustentabilidade.
Comunidade e governança
França destacou que, apesar de ser um produto da Cibra, o Jarilo opera de forma independente, com governança própria. "O Jarilo foi concebido como uma plataforma aberta para qualquer tipo de empresa do setor agro. Não há restrições de participação para empresas concorrentes ou de outras áreas do agronegócio, como fornecedoras de sementes ou implementos agrícolas", disse ele, reforçando o caráter inclusivo da rede.
A moderação da comunidade também foi um ponto abordado. A plataforma contém mecanismos para que os próprios usuários denunciem condutas prejudiciais, além de seguir as regulamentações governamentais. "Queremos um ambiente de troca saudável, onde a informação errada ou o comportamento antiético que poderão ser corrigidos pela própria comunidade".
O futuro do Jarilo
Com um modelo freemium, o Jarilo oferecerá sua principal funcionalidade – a rede social e as interações – de forma gratuita. Contudo, futuramente, a Cibra pretende agregar serviços pagos, como informações de mercado regionalizadas e classificadas. "Queremos que o Jarilo seja sustentável a longo prazo. Mas a essência dele sempre será gratuita, permitindo que qualquer um possa se conectar e colaborar", garantiu França.
Sobre a escolha do nome Jarilo, França revelou uma curiosidade: "Jarilo é um deus da agricultura e da prosperidade na mitologia eslava. Escolhemos esse nome porque ele representa o que queremos trazer para o agronegócio: crescimento e sustentabilidade.
Para o futuro, a expectativa é ambiciosa. França afirma que o objetivo da Cibra é alcançar 1.500 usuários até o final do ano, além de lançar novos recursos, como um aplicativo dedicado e integração com o WhatsApp. "Estamos testando conceitos e ouvindo a comunidade. Acreditamos que o Jarilo tem o potencial de se tornar a principal rede social do agronegócio no Brasil", concluiu.
