Os mercados brasileiro e mexicano de controladores lógicos programáveis (PLCs) e sistemas de controle distribuído de processos (DCSs) registraram receita de US$ 448,7 milhões em 2006 e devem atingir US$ 926 milhões em 2012, segundo um estudo da Frost & Sullivan, empresa de consultoria e pesquisa de mercado.
Segundo o levantamento, as empresas estão percebendo os benefícios obtidos com estas soluções. Os fabricantes destacam os ganhos financeiros obtidos em médio e longo prazo, assim como o aumento na produtividade resultantes da implementação destes equipamentos, como principais fatores de atratividade.
De acordo com a análise da Frost & Sullivan, os fornecedores de soluções de automação encontrarão oportunidades lucrativas se promoverem a habilidade de seus produtos em melhorar o controle da fábrica, reduzir custos operacionais e conectar sistemas de automação com sistemas de gestão integrada (ERP). Além de disseminar informações sobre os benefícios dos produtos, a consultoria recomenda aos fabricantes contratar profissionais qualificados como engenheiros e programadores com experiência na indústria de automação. A falta desse tipo de expertise pode dificultar a capacidade das empresas em atender as necessidades dos clientes.
?Os fabricantes têm de garantir suporte técnico de alta qualidade e reposição contínua de peças sobressalentes?, afirma Matheus Salvadori, consultor da Frost & Sullivan. ?A oferta de serviços de engenharia e implementação de soluções turnkey pode se tornar um fator importante de diferenciação no mercado. Adicionalmente, o parque industrial de América Latina tende a usar os equipamentos por um longo período, e devido a vários fatores, espera-se que as plantas durem mais, o que requer serviços superiores de empresas de automação?, diz.
O estudo observa que, como Brasil e México são países continentais, muitas plantas industriais estão localizadas em áreas remotas. ?Diante disso, as companhias de automação têm de descentralizar a operação e ser flexíveis o suficiente para fornecer um suporte efetivos a esses clientes. Os vendedores devem estar prontos para se adaptar às exigências de várias empresas dentro de uma vertical, assim como alguns deles podem estar tecnologicamente avançados, outros ainda podem operar com equipamentos mais antigos?, ressalta Salvadori.
A Frost & Sullivan aponta que os responsáveis pela maioria da receita no mercado de PLC e DCS estão presentes nos setores automotivo, de óleo e gás, metal e mineradoras, papel e celulose e química, entre outros. ?Embora grandes empresas invistam muitos recursos em novas fábricas, a expectativa é que as menores desempenhem um importante papel junto aos controladores do mercado, especialmente em PLC?, revela Salvadori. ?Com o aumento da acessibilidade às soluções, essas empresas devem adotar o PLC para ganhar competitividade e melhorar a produtividade. Um bom exemplo disso são as usinas brasileiras de cana-de-açúcar, que devem investir em soluções de automação para obter eficiência.?