TIM é diplomática ao falar de BrOi, e pede isonomia

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A Telecom Italia e a TIM evitam fazer qualquer crítica aberta à possível fusão entre Oi e Brasil Telecom. O discurso oficial só deixa transparecer a preocupação com a isonomia de regras e com a estabilidade regulatória.

"A fusão não está definida ainda, e pelo que entendemos das conversas com o presidente da Anatel e com a presidente do Cade, há garantias de que a competição está assegurada no Brasil", disse Gabriele Galateri di Genola, chairman da Telecom Italia, que está no Brasil e esteve com o presidente da agência, embaixador Ronaldo Sardenberg, e com a presidente do Cade, Elizabeth Farina, na terça, 16.

Galateri ressalta que não abordou o tema específico da fusão entre as duas empresas fixas. Mário Cesar Araujo, presidente da TIM Participações no Brasil, lembra que a operadora "quer ampliar os investimentos no Brasil e busca, como é natural, regras estáveis para investimentos estrangeiros, mas não colocamos nada para as autoridades especificamente sobre o caso da fusão", diz, detalhando o teor das conversas.

Imutabilidade

"Estabilidade, no entanto, não significa imutabilidade das regras. O que se busca é uma coerência com o que existe". Nesta quinta, 17, contudo, os dois executivos e mais Franco Bernabè, CEO da Telecom Italia, estiveram com o presidente Lula e com a ministra Dilma Rousseff em momentos separados.

Com Lula, eles informaram que não abordariam o assunto fusão. Mas não fizeram a ressalva em relação à ministra Dilma. Segundo apurou este noticiário, apesar do tom diplomático, a TIM está preocupada com o quadro competitivo, e entende que algumas medidas podem ser buscadas pelas autoridades para compensar a concentração econômica que poderia ser ocasionada caso BrT e Oi se fundam.

A flexibilização das regras de unbundling e mobilidade restrita, por exemplo, são dois pontos que ajudariam muito na estratégia da TIM de competir no mercado de banda larga e telefonia fixa, e o desejo de expandir a atuação nesses mercados foi manifestado às autoridades

Preparados

Sobre a questão concorrencial, contudo, o discurso oficial da TIM também é diplomático. Mario Cesar Araujo diz que a empresa precisa estar preparada para a mudança de cenário competitivo em qualquer situação, independente da fusão ou não da Oi e da Brasil Telecom.

"Essa é a nossa mensagem a nossos funcionários. Estamos olhando de perto essa movimentação (de fusão entre as fixas) sempre de olho no que vai significar do ponto de vista da concorrência, e não regulatório".

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