Lee Jae-yong, herdeiro do grupo sul-coreano Samsung foi preso nesta sexta-feira, 17, por determinação do Tribunal do Distrito Central de Seu, por sua suposta implicação em um escândalo de corrupção que provocou a destituição da presidenta Park Geun-hye em dezembro passado.
Segundo a agência sul-coreana Yonhap, o tribunal aceitou a petição da Promotoria, que apresentou novas acusações, entre elas a de obstrução da Justiça e de violar a lei que regula as transferências de ativos ao exterior, o que fez os juízes do mesmo tribunal mudarem de opinião, em relação a uma acusação feita anteriormente no começo do mês.
"Levando-se em conta as novas acusações e provas recolhidas, reconhecemos a justificativa e a necessidade de prisão", disse o juiz sobre sua mudança de opinião, informa a agência. A Promotoria pode mantê-lo preso por até 21 dias antes de apresentar acusações formais.
O herdeiro da Samsung é suspeito de ter autorizado várias filiais do grupo a efetuar pagamentos no valor de 43 bilhões de wons para a ex-presidente sul-coreana. Em troca, a Samsung teria obtido o apoio do Governo para a fusão de duas de suas filiais. O pai dele, o patriarca da Samsung Lee Kun-hee, está incapacitado desde que sofreu um infarto em 2014.
E comunicado, a empresa diz que a Samsung admitiu ter realizado doações a duas organizações sem fins lucrativos para fundação da ex-presidente sul-coreana Choi Soon-sil, mas negou que esses pagamentos estejam relacionados com a fusão de suas filiais ou que tivessem sido feitas para conseguir benefícios políticos em troca.