A Trópico, CPQD, Inatel e Qualcomm Brasil anunciam uma colaboração para implementar uma avaliação para o desenvolvimento de produtos para redes Open RAN 5G 3GPP. O Open RAN é um dos tópicos mais importantes do setor de telecomunicações e envolve o desenvolvimento de hardware, software e de interfaces abertos, permitindo a interoperabilidade em redes celulares.
Por meio dessa colaboração, a Trópico, CPQD, Inatel e Qualcomm Brasil trabalharão juntas para avaliar os requisitos e potenciais oportunidades do mercado de O-RAN. Essas informações serão vitais para avaliar a possibilidade de implementar Small Cells no Brasil, com base no Design de Referência da Qualcomm Technologies Inc. Essa iniciativa é fundamental para fomentar o ecossistema O-RAN com as principais empresas brasileiras. A ideia é aumentar as opções de fornecedores de O-RAN com soluções inovadoras e competitivas. Os clientes se beneficiarão das mais recentes e melhores tecnologias da Qualcomm Technologies, com produtos desenvolvidos em cooperação local com empresas brasileiras.
Segundo Marcos Pontes, Ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações, "o acordo que está sendo firmado entre a Qualcomm Brasil e os institutos de pesquisa brasileiros, CPQD e Inatel, tem profunda sinergia com os projetos e programas que o MCTI tem apoiado na área de comunicações avançadas, em especial aqueles executados por essas duas instituições voltados para o desenvolvimento de tecnologias 5G, OPEN RAN e 6G. Assim, materializa-se o ciclo da inovação, onde essa rede de institutos de pesquisa trabalhando com a indústria irão transformar conhecimento em riqueza, em nota fiscal."
O Radio Access Network (RAN) é a última milha na borda de uma rede celular. Inclui processamento de banda base e torres de celular com antenas que fazem a interface com dispositivos celulares, para transmitir/receber dados por meio de um sinal de radiofrequência (RF).
A arquitetura RAN tradicional depende de hardware e software especializados de um único fornecedor, que controla toda a RAN. A falta de relacionamento entre fornecedores limita a inovação, pois envolve o uso de equipamentos e interfaces proprietários, que oferecem pouca ou nenhuma flexibilidade, falta de opções e custos mais elevados.
O princípio do Open RAN é fornecer um design interoperável baseado em um hardware de um fornecedor neutro e interfaces independentes, que suportem padrões abertos e desenvolvimento comunitário. Um ecossistema interoperável é projetado para permitir que as operadoras combinem todos os componentes RAN de diferentes fornecedores. A flexibilidade de trabalhar com novos parceiros ajuda a trazer a inovação necessária para permitir que os desenvolvedores forneçam soluções e serviços originais.
A Qualcomm Technologies oferece um portfólio abrangente de plataformas de semicondutores para infraestrutura 5G projetadas para diversos cenários de implantação, desde macro estações rádio- base com MIMO massivo até Small Cells. As plataformas Qualcomm 5G RAN são projetadas para viabilizar uma nova geração de redes celulares flexíveis, virtualizadas e interoperáveis, impulsionando a transição para a rede moderna.