Paralisação das alfândegas prejudica produção do setor eletroeletrônico

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A greve dos auditores fiscais, atualmente em curso no País, vem causando sérios prejuízos às indústrias do setor eletroeletrônico, segundo reclamação apresentada nesta quinta-feira, 17/04, ao ministro Miguel Jorge, da Indústria e Comércio, em Brasília, pelo presidente da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Eletro e Eletrônica), Humberto Barbato.

Durante a audiência, Barbato mostrou dados sobre os efeitos da paralisação e expressou sua preocupação quanto aos reflexos futuros caso o movimento permaneça por maior tempo. "A greve dos auditores fiscais já vem comprometendo de maneira significativa a produção e o desempenho da indústria elétrica e eletrônica do país", diz o presidente da Abinee.

Barbato informou a Miguel Jorge que o valor das importações dos insumos retidos nas alfândegas corresponde a cerca de 400 milhões de dólares nestes 30 dias de paralisação. "Esta retenção de insumos vem comprometendo particularmente a produção para o mercado interno, sendo que no caso das exportações a situação poderá se agravar nos próximos dias, face à redução do ritmo de atividade", afirma.

O presidente da Abinee destacou, também, que a redução da produção, a perda de faturamento e as multas por atrasos no cumprimento de contratos, causaram ao setor, neste período, prejuízos entre 120 milhões e 150 milhões de dólares. "O segmento eletrônico (TIC, Imagem/Som e Componentes) tem sido o mais afetado, devido à sua maior dependência por importações", salienta.

Ele alertou, ainda, para o impacto da greve na atividade das pequenas e médias empresas, que estão sendo particularmente atingidas, na medida em que não utilizam os regimes aduaneiros RECOF ou Linha Azul.

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