O MySpace vai tentar aproveitar a insatisfação dos usuários do Facebook com os constantes problemas que vem enfrentando com os órgãos reguladores da internet ao redor do mundo. Para tal, o site de relacionamentos anunciou nesta segunda-feira, 17, que vai lançar novas políticas de privacidade, mais simples e mais seguras, numa referência direta às escorregadas do Facebook, que gerou protestos de grupos de ativistas da privacidade on-line.
O co-presidente do MySpace, Mike Jones, declarou que "acredita na missão de conectar pessoas por meio da livre expressão e do compartilhamento, mas sabe que há pessoas que querem impor limites à divulgação de suas informações pessoais na internet". Jones ressaltou que, ao lidar com um site no qual circulam milhões de pessoas diariamente, é preciso encarar o tráfego das informações trocadas por elas com responsabilidade.
Desde o início do ano, quando anunciou mudanças em sua política de privacidade, o Facebook vem sendo criticado por usuários e representantes de governos, por direcionar as configurações aos anunciantes, em vez de aos internautas. A rede social, líder em número de usuários no mundo, está sendo acusada de liberar as informações pessoais dos usuários para os anunciantes, para depois perguntar se eles querem cancelar, quando o certo, na visão dos críticos, seria o contrário.
O co-presidente do MySpace afirmou ainda que, para uma rede social, é fundamental que os usuários sabiam claramente quais são "os objetivos e missões" do site para que possam atrair novos adeptos. Ele explica que o propósito de sua rede é conectar pessoas pelos seus interesses em comum e fazê-las trocar informações e experiências.
As novas configurações de privacidade do MySpace, de acordo com Jones, serão mais simples e girarão em torno das necessidades e vontades dos usuários, e não dos anunciantes.
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