Apesar de 78% das empresas brasileiras já terem iniciado o processo de adesão aos compromissos da Agenda 2030 da ONU, sabemos que, na prática, um número bem menor está realmente comprometido com eles. O dado foi levantado pelo Pacto Global.
Se os temas relacionados a meio ambiente, sustentabilidade, igualdade, entre outros, ainda são um desafio para grandes organizações, para as empresas de médio e pequeno porte essas são questões ainda distantes da realidade do negócio. E um dos complicadores pode ser a falta de conhecimento sobre o tema.
"O que não podemos ignorar é que estamos em um momento de exaustão dos recursos ambientais, aumento no número de conflitos sociais e uma crise profunda de confiança nas empresas", explica Cláudia Coser, CEO da Plataforma Nobis, empresa que implanta projetos socioambientais em organizações de todo o país. Para ela, "é preciso que indivíduos e organizações – pequenas, médias e grandes – entendam que não há prosperidade e desenvolvimento sem cuidado com a vida".
Para Claudia, o conceito de "cuidado" torna mais claro o ESG. "O ESG pode ser compreendido mais facilmente como três "Ps": cuidado com o planeta, cuidado com as pessoas e cuidado com a perenidade das empresas. Os negócios podem se manter lucrativos e perdurarem apenas se houver preocupação genuína com as questões ambientais e sociais. Lucratividade e ESG não são excludentes", completa.
E por onde o empresário pode começar? Uma das formas é fazer um diagnóstico do estágio ESG da empresa, e para isso a Nobis oferece um quizz gratuito que avalia em 5 minutos a maturidade da organização. "O questionário gera dados que permitem entender o que ainda precisa ser feito para a empresa se adequar. O ESG não é mais uma tendência, e sim um selo necessário para os negócios, que veio para ficar."
Consumidor tem papel fundamental no ESG
Se tem algo que define o valor de mercado de uma empresa é quando o consumidor final chega na gôndola e diz: "Eu compro de A e não de B por conta das práticas socioambientais do negócio".
Apesar de 92% dos consumidores brasileiros manifestarem preocupação socioambiental na hora de escolher um produto ou serviço, levantamentos entre empresas de diversos portes mostram que apenas 1% das organizações registram um nível de maturidade elevado em ESG.
"Muitas fazem mais comunicação do que ações efetivas, mas é preciso ter maior consciência na prática. Hoje em dia, todo mundo virou ativista, não apenas algumas personalidades. E isso torna o consumidor protagonista, é ele quem decide. No final, esse olhar mais consciente melhora o nível de qualidade dos negócios – ou assim esperamos!", pondera a consultora.