Fórum divulga padrão para interoperabilidade em vídeo de segurança

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Com o objetivo de facilitar a interoperabilidade entre câmeras de vídeo em rede, trazer mais competividade ao mercado, liberdade de escolha aos usuários e a consequente redução de custos foi criado em 2008 um grupo desenvolver um padrão aberto baseado em protocolo IP para a indústria de videovigilância denominado Onvif – Open Network Vídeo Interface Forum.
Três empresas fundadoras do fórum, Axis Communications, Bosch e Sony, reuniram a imprensa nesta quinta-feira, 17 para divulgar o padrão no mercado brasileiro, que em julho próximo terá a versão 2.01, a ser adotado pelas 180 empresas que já compõem o grupo, cuja sede fica na Alemanha.
Segundo pesquisa da IMS Research, essas empresas respondem por mais de 61% de participação do mercado. O levantamento, realizado no ano passado, mostra ainda que a diferença é maior quando considerado, especificamente, o segmento de equipamentos de videovigilância. Neste caso, as empresas associadas ao Onvif possuem 72,1% do mercado.
Marcos Menezes, gerente de vendas e marketing da divisão Security Systems da Bosch, diz que "grandes projetos já vêm exigindo o padrão Onvif em suas especificações" e acredita que a nova interface será aplicada nos projetos de segurança de estádios e infraestruturas necessárias para a Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, trazendo um grande benefício ao cliente final.
Segundo ele, esse padrão facilitará ainda a atualização, através do firmware, de câmaras analógicas e a integração com as de modelo IP, criando um sistema híbrido. "Existem aplicações em que as câmaras analógicas são mais adequadas, como as instaladas em estradas, aeroportos, shopping, etc., que podem ser integradas com os modelos IP, numa plataforma de webservices. O protocolo Onvif facilitará essa integração."
"Podemos observar que as soluções de integração em vídeo estão sendo muito bem aceitas no mercado. A interface Onvif oferece a conexão de diferentes produtos e aplicativos em um único sistema de videovigilância", esclarece Menezes.
Dois padrões
Atualmente, existem basicamente duas formas de compactação de imagens digitais: a estática ou foto (JPEG) e a em movimento ou filme (MPEG4/H264). Para visualizar uma foto compactada é preciso descompactá-la. Como o JPEG é um sistema padrão, praticamente todas as câmeras fotográficas e microcomputadores possuem o seu descompactador e essa operação se torna imperceptível para os usuários.
Já com os filmes a realidade é outra. Cada fabricante utiliza o pacote de ferramentas e características disponíveis no padrão de compactação de forma proprietária, tornando seu streaming de vídeo único. Para visualizar e descompactar o streaming de vídeo é necessário utilizar o software ou SDK do próprio fabricante, que fornece a "receita" para sua descompactação. Dessa forma, uma instalação está limitada ao fabricante das câmeras/compactadores de vídeo e ao software de visualização das imagens, não permitindo a interoperabilidade entre equipamentos de diferentes fabricantes.
Alessandra Faria, diretora regional da Axis para a América do Sul, explica que um padrão global torna o processo mais fácil para todos. "Acreditamos que a adoção de um padrão global traz uma série de benefícios para usuários finais e integradores, pois elimina trabalhos extras de integração antes da decisão final dos equipamentos", diz.
Armando Ishimaru, diretor da divisão profissional da Sony Brasil, afirma que esta união já resultou no desenvolvimento de produtos e soluções para o usuário. "Nossas câmeras de segurança em alta definição recém-lançadas no mercado nacional podem ser usadas de forma integrada a outras soluções, proporcionando a oportunidade para que o comprador use o produto da melhor forma possível para seu projeto", informa.

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