Depois de experimentar uma estagnação na receita no ano fiscal de 2010, encerrado em 2 de abril passado, em razão da crise financeira mundial, a fabricante de software antivírus Symantec pretende retomar a política de investimentos em aquisições para voltar a crescer, além de expandir a atuação em mercados com grande potencial de crescimento, como o Brasil, por exemplo. Para o exercício fiscal de 2011, a empresa pretende investir US$ 2 bilhões em fusões e aquisições e US$ 850 milhões em pesquisa e desenvolvimento, para atender principalmente as novas demandas surgidas com a venda de software como serviço (SaaS) e cloud computing.
Em visita ao Brasil, o presidente mundial da Symantec, Enrique Salem, disse que a era da internet transformou o país numa grande oportunidade de negócios para a empresa em razão da ampla adoção de meios digitais, em especial de redes sociais.
O executivo observou que o Brasil é líder mundial em soluções de governo eletrônico, como os sistemas de declaração do Imposto de Renda pela internet e de emissão nota fiscal eletrônica, o que exige investimentos em segurança da informação por parte das empresas e em privacidade por parte dos usuários finais.
Salem informa que, atualmente, a receita da Symantec é composta de 70% por vendas para empresas e 30%, para consumidores finais, mas isso deve mudar, pois as transformações trazidas por SaaS tornam "essas fronteiras [entre empresas, funcionários e consumidores] cada vez mais flexíveis". O executivo adiantou que os investimentos no Brasil serão voltados aos segmentos de governo, terceira maior fonte de receita da empresa, e de pequenas e médias empresas, que dominam o mercado local.
No exercício fiscal de 2010, a Symantec registrou receita de US$ 5,98 bilhões, queda de 3% frente aos US$ 6,15 bilhões obtidos no ano fiscal anterior. Para o primeiro trimestre fiscal de 2011, que termina em 31 de julho, a empresa espera faturar US$ 1,5 bilhão, o que, se confirmado, representará um aumento entre 3,5% e 4,9% na comparação com mesmo período do exercício fiscal anterior.
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