Wall Street está otimista com a megacompra da rede social de contatos profissionais LinkedIn pela Microsoft, por US$ 26 bilhões. Quem também vê com bons olhos a transação é Bill Gates, fundador da Microsoft, afastado do dia a dia da empresa desde 2014 e agora dedicado à filantropia. "Eu acho que é uma grande transação", disse Gates, em entrevista à Bloomberg.
Segundo ele, o LinkedIn traz várias oportunidades à Microsoft, que poderá combinar suas competências no desenvolvimento de aplicativos de produtividade com o know-how da rede de microblogs e torná-la o centro da vida profissional das pessoas. "Se pudermos tornar o LinkedIn tão valioso quanto dizem que o Facebook é para o mundo social será uma enorme criação de valor, que acontecerá ao longo de anos", disse Gates.
Gates disse que a Microsoft já era "especialista em software e no gerenciamento dessas audiências" e poderá usar feed de notícias do LinkedIn para entregar um conteúdo profissional ao usuário e as habilidades necessárias para se manter competitivo. "Eu certamente acho que o valor das duas empresas combinadas é maior do que de cada uma atuando sozinha", disse ele.
O fundador da Microsoft, no entanto, se opôs ao plano da empresa de ofertar US$ 8 bilhões pelo serviço gerenciador de tarefas em equipe Slack, que acabou desistindo das negociações. Quem estava disposto a fazer essa oferta era o vice-presidente executivo Qi Lu, responsável pelo Bing, Office e Skype. Entretanto, Gates argumentou a favor do uso desse dinheiro para investimentos internos, como transformar o próprio Skype em uma plataforma mais amigável para os negócios, desenvolvendo novas funções para o software.