Em comunicados enviados às comissões de valores mobiliários de Portugal e da Espanha, Telefónica e Portugal Telecom (PT) informaram ao mercado que a oferta de 7,15 bilhões de euros dos espanhóis pela participação dos portugueses na Brasilcel, holding que controla a Vivo, caducou.
A PT tinha até às 23:59 de ontem, 16 de julho, para aceitar a oferta, prazo dado pela Telefónica depois que o governo Português decidiu fazer uso da golden share para vetar a venda aprovada em assembleia geral por 74% dos acionistas em 30 de junho.
Em nota, o Conselho de Administração da PT afirmou que vinha mantendo negociações "construtivas" com representantes da Telefónica tendo em vista analisar opções futuras para a Vivo e para a oferta e que estava empenhado em que estas negociações fossem concluídas "de um modo que satisfaça os interesses de todas as partes".
Mas o Conselho da PT não chegou a uma decisão após reuniões realizadas dias 15 e 16, e por isso decidiu solicitar formalmente, através de carta, uma extensão final e definitiva do prazo da oferta para o dia 28 de julho.
O pedido foi, também formalmente, recusado pela Telefónica neste sábado, 17. "Como havíamos comunicado verbalmente aos senhores antes da expiração de tal oferta, gentilmente confirmamos aqui que a oferta, com seus termos e condições, expirou às 23:59 (horário de Lisboa) de 16 de julho."
É o fim desta oferta, mas não significa necessariamente o fim das negociações. Outra oferta ainda pode ser feita pela participação da PT na Vivo ou a Telefónica poderá ainda por em prática a ameaça de pedir a dissolução da holding Brasilcel na justiça da Holanda.
- Sem acordo