Embora muitas empresas já venham explorando o segmento de comércio social, criando lojas virtuais dentro das páginas do Facebook, as F-Commerce, como são chamadas esse tipo de loja, agora rede social resolveu ela mesma oferecer um recurso que permite a empresas de pequeno e médio porte criarem lojas online.
Por enquanto, o recurso está em fase de testes, mas quando entrar em operação ele vai permitir aos usuários navegar e comprar produtos diretamente na rede social — a maioria das F-Commerce atuais direcionam os usuários para os sites dos varejistas.
Uma fonte próxima do Facebook disse ao site BuzzFeed que o número de varejistas e empresas de comércio eletrônico que estão testando o recurso, tanto em dispositivos móveis e quanto em desktops, é de algumas dezenas. O site de notícias e entretenimento, por sinal, foi o primeiro a noticiar os testes do Facebook. O Facebook é o segundo site mais visitado do mundo, e os varejistas há muito o veem como um portal ideal para gerar vendas.
Segundo o site, o Facebook não pretende ficar com uma parte da receita das vendas das empresas, mas espera que a hospedagem dos marketplaces atraia mais anunciantes e, consequentemente, aumente sua receita com publicidade.
Alguns especialistas em comércio eletrônico, no entanto, têm dúvidas se os usuários irão deixar de priorizar o relacionamento na rede social para fazer compras. Eles também são céticos quanto a possibilidade dos varejistas abrirem mão da proteção da relação com os clientes ao abrirem suas lojas no Facebook.
Além disso, as tentativas anteriores do Facebook de ingressar no comércio eletrônico fracassaram. Em abril de 2011, a rede social abriu a loja GameStop, mas a tirou de operação seis meses depois devido ao baixo tráfego e à preferência dos usuários pela relação de compra com seu próprio site de e-commerce, informou a Bloomberg no início de 2012. Varejistas como a GAP, JC Penney e Nordstrom abriram e fecharam vitrines no Facebook.