A Oracle declarou guerra à complexidade. Essa é uma das premissas que a empresa pretende implementar, tendo como pilar a arquitetura SOA- Service Oriented Architeture. Assim se posicionou o presidente da subsidiária brasileira, Silvio Genesini, ao abrir nesta terça-feira, 16, em São Paulo, o seminário sobre Estratégia e Soluções Tecnológicas, destinado a clientes e parceiros e marcar o novo slogan da empresa: Is The Information Company.
?SOA recupera a aspiração de se montar um sistema baseado em componentes, como a arquitetura orientada a objeto, como um grande Lego. Em nossa proposta on demand, a complexidade é por conta do fornecedor do software?, referindo-se à tendência de cobrar software como um serviço, semelhante ao modelo utilizado pelas empresas de utilities.
?O consumidor só percebe a complexidade do que tem por trás de um simples interruptor de luz, quando falta a energia.? exemplificou.
Genesini mostrou que a visão da Oracle sobre a evolução da tecnologia nos próximos 15 anos é de que ?a infra-estrutura vai ser oferecida como serviço; a arquitetura vai integrar diferentes soluções; será 100% baseada em padrão Internet e irá se valer de hardware e storage de baixo custo?.
?O hardware é padrão, uma comodity. As empresas desse setor têm em média 2% a 3% de margem, com exceção da Dell que chega a 7% a 8%. Precisa de muito volume e cada vez tem de ser mais barato. A IBM no seu resultado do 1º trimestre não atendeu as expectativas dos analistas, mas não foi por causa da conjuntura, mas porque a evolução tecnológica colocou o mainframe e um chip, surgiu os web services, as aplicações na Internet?, explicou.
Gestão Empresarial
Ele também fez algumas previsões em relação aos próximos 15 anos no mercado de Gestão Empresarial ( ERP): a arquitetura será baseado em SOA, com foco maior na integração com outra soluções; mas simples de implementar e manter; a complexidade será entregue ao dono do software; a arquitetura de Internet incluirá BI-Business Intelligence nativo e integrado: e com menor custo de aquisição (TCO) hoje e no futuro.
?A SAP não fala mais em funcionalidades, fala de NetWeaver, para cuidar do middlware e gerar assim mais funcionalidades, ser mais simples?, comentou.
?Como a Oracle tem capacidade de investimento pretende se posicionar no mercado comoditizando o próprio produto, vai entregar uma solução de baixo custo?, promete Genesini, acrescentado que ?se ela não o fizer os concorrentes vão fazer?.
Ele cita como exemplo o investimento que a empresa fez na aquisição da JD Edwards, Peoplesoft, Retec e na empresa indiana de software financeiro PSFT, detentora do I-Flex, que ainda depende de aprovação do governo americano e indiano.
Para integrar as soluções dessas empresas a Oracle está propondo a arquitetura Fusion, baseada em SOA. Além disso como estratégia está ?preparando os primeiros passos para oferece software como serviço, suportar Linux e Grid e oferecer a solução completa que os concorrentes não têm. Já temos oferta e a empresa vai radicalizar isso no futuro?, finalizou Genesini.