A telefonia móvel registrou 1.286.611 novas habilitações em julho, totalizando nos sete primeiros meses do ano 93.046.782 acessos em serviço em todo o país, um crescimento de 1,4% sobre as 91.760.171 de junho. Do total, 74.928.120 (80,53%) são pré-pagos e 18.118.662 (19,47%), pós-pagos.
Este foi o terceiro melhor resultado mensal do ano, superado apenas pelos meses de maio, com 1,79 milhão de novas habilitações, e março, com 1,34 milhão. No mês passado, um ajuste realizado pela Vivo excluiu 1,8 milhão de assinantes do seu cadastro e interrompeu uma série histórica de crescimento da planta móvel iniciada em 1990, ano em que a telefonia celular entrou no Brasil.
O resultado do mês tem um significado adicional: é o melhor julho da história da telefonia móvel no país, 21,23% superior às 1.061.296 adesões registradas no mesmo mês de 2005, e 5,98% a mais que o de 2004, que detinha o recorde anterior em habilitações no mês de julho.
Nos sete meses, o Serviço Móvel Pessoal (SMP) ampliou sua base em mais 6.836.446 assinantes, número que é, no entanto, 37,70% inferior às 10.973.393 adesões obtidas no mesmo período do ano passado, em que foram habilitados 4.136.947 celulares a mais. Em 12 meses ? de agosto de 2005 a julho de 2006 ? a telefonia celular cresceu 21,5%, agregando 16.467.812 novos acessos em serviço à planta móvel brasileira.
Com o ajuste no cadastro da Vivo, no mês passado, a teledensidade móvel também regrediu, de um índice nacional de 49,62 em maio, para 49,24 em junho. O índice de julho (49,87) restabelece, no entanto, a tendência de crescimento do indicador, utilizado internacionalmente para demonstrar o número de telefones ativos em cada grupo de 100 habitantes. Neste ano, a teledensidade brasileira cresceu 7,06%, e, em 12 meses, 19,82%.
O Distrito Federal permanece na liderança em teledensidade móvel, com índice de 110,35, o que representa 1,1 telefone celular em serviço para cada habitante, à frente do Rio Grande do Sul, que detém a segunda posição entre as unidades da federação, com índice de 65,93, ou 0,65 telefone celular para cada habitante. A menor densidade é a do Maranhão ? índice de 19,83, ou 0,19 telefone celular para cada habitante.
Embora o Distrito Federal e o Rio Grande do Sul permaneçam na liderança em teledensidade, o ranking do indicador apresentou alteração em julho: Goiás e Minas Gerais avançaram uma posição, a exemplo do que ocorrera com São Paulo no mês passado, ao trocar de posição com Mato Grosso.
O Rio de Janeiro é o terceiro no indicador, com índice de 64,93, seguido do Mato Grosso do Sul (quarto, com índice de 60,38), Goiás (quinto, com 57,44), Santa Catarina (sexto, com 56,83), São Paulo (sétimo, com 55,54), Mato Grosso (oitavo, com 52,78). Minas Gerais, com índice de 51,64, assumiu a nona posição, no lugar do Paraná, que, com índice de 51,53, é agora o décimo. Os dez primeiros colocados em teledensidade detêm índice acima do nacional, que é 49,87.
A exemplo dos últimos meses, o Piauí (índice de 26,04) mantém a dianteira no crescimento da densidade, com avanço de 2,64% no mês, 20,44% no ano e 43% em 12 meses ? embora detenha apenas a penúltima posição entre as unidades da federação, à frente apenas do Maranhão, que tem índice de 19,83. O segundo maior crescimento do indicador em 2006 é da Paraíba (18,21%), seguido da Bahia (17,45%), Pernambuco (17,13%), Alagoas (17,12%), Ceará (16,57%), Rio Grande do Norte (16,44%), Sergipe (13,96%), Minas Gerais (12,53%) e Espírito Santo (9,63%).
A região Nordeste continua em recuperação do indicador, devido ao bom desempenho registrado pelos seus estados. O Nordeste, que tinha densidade de 21,32 em 2004, chegou a 30,52 em dezembro de 2005 e está agora com índice de 35,57 (ainda a menor entre as regiões brasileiras), nunca esteve tão próximo de alcançar a segunda colocada, a região Norte, que registrou índice de 35,95 em julho. Ambas guardam grande distância da densidade do Sudeste, cujo índice é de 56,05. O Sul permanece com a segunda melhor densidade, com índice de 58,47, atrás apenas do Centro-Oeste, líder nacional no indicador, com índice de 66,45.
A participação da Vivo no mercado continua em queda ? agora tem 30,77% (detinha 31,09% em junho, 32,99% em maio e 33,35% em abril), seguida da TIM, com 24,57%. De abril pra cá, a diferença entre as duas maiores caiu de 9,77 pontos percentuais para 6,2 pontos percentuais.
A Claro tem 22,87% do mercado e registra leve distanciamento da segunda colocada no último mês, após apresentar aproximação nos meses anteriores. A Oi/Telemar tem 13,19%; a Telemig Celular/Amazônia Celular, 5,02%; a 14BrasilTelecom GSM, 3,07%; a CTBC Telecom Celular detém os mesmos 0,42% de junho, enquanto a Sercomtel Celular continua com 0,09% do mercado.
A tecnologia GSM permanece em expansão e na liderança do mercado, com 55.226.564 acessos, ou 59,35% do total. A tecnologia CDMA tem 24.458.744 acessos em serviço, ou 26,29% do total, e a TDMA, 13.246.063 acessos ou 14,24%. A tecnologia analógica AMPS possui apenas 115.411 acessos (0,12% do total).