Apple revela empresas beneficiadas por corrupção de ex-executivo

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Em audiência realizada na segunda-feira, 16, nos Estados Unidos, a Apple apontou a chinesa Kaedar Electronics e a sul-coreana Cresyn, ambas fornecedoras de acessórios para iPhone e iPod, como algumas das empresas que se beneficiaram das relações com ex-diretor mundial, Paul Shin Devine. O executivo foi preso no fim de semana sob acusação de suborno e lavagem de dinheiro em contratos com fabricantes e fornecedores. O julgamento acontece nesta semana.
Devine é acusado de ter criado um esquema de repasse de informações confidenciais sobre contratos de fornecimento de componentes em troca de dinheiro, que depois seria transferido para a conta de sua mulher (veja mais informações em "links relacionados" abaixo).
Em sua defesa, a Apple alega que os contratos assinados entre Devine e os fornecedores o tratavam como consultor e especificavam quais seriam as informações exigidas, a quantia a ser paga e até o roadmap dos produtos para os quais a Kaedar e a Cresyn forneceriam componentes. Segundo a Apple, o executivo teria recebido quase US$ 1 milhão em pagamentos ilícitos, que foram transferidos para a conta bancária de sua esposa sob forma de doação, que não precisa ser declarada.
Os advogados do executivo, entretanto, alegaram que não há provas desses acordos. Segundo eles, os documentos e todos os outros indícios das relações de Devine com essas empresas são "perfeitamente legais" e afirmam que ele foi contratado para ajudá-las a crescer no mercado norte-americano.
A Cresyn, também ouvida no julgamento, confirmou a versão dos advogados e disse que o contrato assinado com Devine envolvia o pagamento de US$ 6 mil mensais por "dicas sobre o mercado americano de tecnologia". A empresa negou veementemente as alegações de pagamento de subornos ou quantias não declaradas. A Pegatron, controladora da Kaedar, por sua vez, afirmou que iniciou uma investigação interna e suspendeu as atividades da diretoria da Kaedar enquanto espera pela conclusão do inquérito.
Os advogados de Devine ainda pediram para que ele seja solto mediante pagamento de fiança, mas, diante da declaração da promotoria de que ele é "um grande risco" para a Apple, o juiz do caso preferiu negar o direito à fiança e mantê-lo preso. Com informações do Financial Times.

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