As informações sempre foram bens preciosos para as empresas, governos e instituições. Mas nas últimas décadas, com a informatização de todas as áreas das companhias, as informações saíram dos livros fiscais, dos registros e contratos em papel para assumirem a forma de dados – e, muitas vezes, trafegarem pela internet. Casos de vazamento de informações não param de chegar ao noticiário. Dois casos recentes ganharam destaque no Brasil e no mundo. O vazamento das informações pessoais dos candidatos que participaram do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) nos últimos três anos e de milhares de documentos do Exército Americano arquivados sobre a guerra do Afeganistão.
Mas esses não são casos isolados. Se olharmos para o mundo corporativo, o vazamento de informações é mais comum do que podemos pensar. Segundo pesquisa do Gartner, em 2010, entre 80% e 90% dos vazamentos de informações delicadas serão não-intencionais, acidentais ou resultantes de processos empresariais ruins. Pesquisa do Ponemon Institute – realizada com 45 empresas dos Estados Unidos que perderam dados em 2009 – mostra que cada registro de informação perdida teve custo médio de U$S 6,7 milhões. O levantamento revela ainda que as violações de dados atingiram US$ 204 por registro perdido ou roubado em 2009. O valor aumentou US$ 2 em relação a 2008, mas uma comparação com os últimos cinco anos mostra um crescimento de US$ 138. A mesma Ponemon diz que 59% dos dados corporativos foram desviados por ex-funcionários das empresas.
Esses números e fatos tiram o sono dos executivos que fazem cada vez mais investimentos em segurança da informação. Mas será que os CEOs e CIOs estão no caminho certo? Se muitos dos seus dados já estão soltos na internet, o que o leva a crer que uma solução caseira e interna seja a opção mais adequada? E o custo para gerenciar, atualizar, manter ativos todos esses sistemas de segurança e manter atualizada toda a equipe de TI em relação a todas as novas pragas virtuais?
O caminho mais seguro e curto, e que se mostra uma tendência de mercado, são os serviços gerenciados contra vazamento de informações. Com eles, é possível tratar o ambiente corporativo das empresas para que se consiga garantir a manipulação correta dos dados (em dispositivos móveis) e evitar que determinados funcionários tenham acesso indevido a dados sensíveis. Além de garantir mais segurança para as informações das empresas, os serviços gerenciados também representam uma economia de custo. Uma empresa com cerca de mil estações de trabalho/servidores, por exemplo, chega a reduzir seus custos com segurança contra vazamento de informações em até 30% optando pelos serviços gerenciados em detrimento da solução caseira.
A garantia de segurança é o grande fator motivacional para os novos clientes. Isso porque qualquer nível de investimento será alto se não resultar em aumento efetivo da segurança. E a segurança afeta cada vez mais os negócios. Esse crescimento no custo da perda de negócios demonstra que os clientes estão levando mais a sério quando o assunto é credibilidade sobre a privacidade de seus dados e segurança contra crackers, ex-funcionários e até mesmo criminosos.
*Marcus Moraes é vice-presidente da Arcon, empresa de serviços gerenciados de segurança.
- Marcus Moraes