Rodrigo Dienstmann, que acaba de assumir como presidente da Ericsson no Brasil, Argentina, Chile, Peru e Uruguai, está otimista com a iminente definição da leilão do 5G, que permitirá seu funcionamento ainda no primeiro semestre de 2022.
Segundo o executivo, a empresa terá vantagens competitivas em relação à concorrência, por contar com uma fábrica local que recebeu investimento de R$ 1 milhão, que já está produzindo equipamentos para redes 5G, exportando para países como Chile, Estados Unidos, Europa e até para China.
"Começamos com um modelo, e agora já estamos produzindo 5 tipos de rádio based band em fase acelerada. Estamos ajudando o país a crescer, gerar aumento de produtividade, inclusão social, escolar e trabalho, pois com o 5G a pessoa poderá estudar ou trabalhar de qualquer lugar", ressaltou.
Disse ainda que os mais importa é o trabalho de Pesquisa e Desenvolvimento na Unidade de Indaiatuba, gerando propriedade intelectual, o que é importante para aplicações corporativas.
Atualmente, a Ericsson tem 173 famílias de patentes originadas no Brasil. Em março deste ano, a companhia anunciou o depósito da patente família 160, que garante maior eficiência na operação do novo padrão tecnológico (5G) com uso de inteligência artificial. O avanço ocorre com um melhor "fatiamento" de rede por meio de diferentes ferramentas de controle de congestionamentos nas redes das operadoras. De lá pra cá, a Ericsson alcançou 13 novos depósitos de patentes desenvolvidas no Brasil. Em números globais, são 57 mil patentes depositadas em todo o mundo.
Segundo a empresa, quando os especialistas fazem análises completas da complexa realidade dos padrões celulares, a Ericsson é a principal detentora das patentes essenciais 5G. Quando um escritório de advocacia de PI (propriedade intelectual) analisou as declarações de patentes 5G e aplicou um filtro de essencialidade, descobriu que a Ericsson estava no primeiro lugar, com 16,1% (TwoBirds). E, em estudo mais recente, de maio de 2021, o percentual de liderança da Ericsson em patentes essenciais ao 5G cresceu para 20,1%.
Em geral, as patentes mais recentes da Ericsson têm enfoque em automatizar as redes 5G com o uso de Inteligência Artificial (IA). Conforme as redes de Comunicação crescem e se tornam cada vez mais complexas, um maior grau de automação e menos intervenção manual serão necessários. As patentes são parte da jornada global da companhia para reduzir custos operacionais e complexidade, aproveitando ao máximo a inteligência artificial.
Dienstmann disse ainda que a empresa está fazendo uma prova de conceito para o segmento de Agroindústria e parceria com empresas das áreas de logística, ferrovia e mineração, apesar de ainda não poder revelar seus nomes.