Em um mundo cada vez mais conectado, as plataformas desempenham um papel fundamental nos negócios modernos, atendendo às diversas demandas dos consumidores. Seja para suportar as operações de um pequeno e-commerce ou fornecer acesso a registros digitais de pacientes em um grande hospital, as aplicações on-line se tornaram indispensáveis. No entanto, quando uma aplicação apresenta lentidão ou mal funcionamento, essa relação essencial entre usuários e plataformas pode resultar em danos financeiros e de reputação.
Uma pesquisa da PwC destacou que 42% dos brasileiros consideram a conveniência como o principal fator motivador das compras on-line, enfatizando ainda mais a importância de proporcionar uma experiência digital excelente.
Do ponto de vista financeiro, a interrupção de uma aplicação pode acarretar custos significativos para uma empresa. Cada minuto de inatividade pode resultar em um prejuízo médio de US$ 4,5 mil, valor que pode aumentar dependendo da duração do problema. Além disso, sob a perspectiva da reputação, clientes insatisfeitos não hesitarão em buscar alternativas, considerando a ampla gama de opções disponíveis no mercado. Portanto, é essencial que as empresas detectem e resolvam rapidamente as falhas em suas aplicações, a fim de evitar prejuízos substanciais.
Apesar de indispensável, a tarefa de monitorar um ambiente conectado apresenta diversos desafios e exige a dedicação de um time com diversas equipes, responsáveis por gerenciar todas as funcionalidades e garantir um funcionamento adequado. Enquanto os usuários veem uma aplicação como uma simples plataforma, os profissionais de TI entendem que ele consiste em vários elementos, como infraestrutura, arquitetura de servidor e código, entre outros.
É um sistema complexo, mas que apresenta um componente fundamental que conecta todos os outros e desempenha um papel crucial na experiência da aplicação (AX) e na experiência do usuário (UX): a rede.
Ao ter uma visibilidade clara da rede, é possível identificar a causa raiz de uma interrupção de forma ágil e solucionar o problema antes que ele se torne incontrolável. Por esse motivo, há um aumento no investimento em tecnologias de monitoramento de desempenho de rede (NPM, na sigla em inglês) com reconhecimento de aplicações.
O NPM funciona medindo minuciosamente a velocidade de execução das aplicações, bem como os tempos de resposta da rede, dos bancos de dados e da própria aplicação. Isso permite distinguir entre atrasos causados pela rede e atrasos decorrentes da própria aplicação simplificando o diagnóstico e a resolução de questões relacionadas ao desempenho.
Uma solução de NPM mede o tempo de transporte da solicitação de um usuário para a aplicação e acompanha o atraso. Em caso de erros da aplicação, a ferramenta fornece informações detalhadas, incluindo erro da transação, registro de data e hora, identificação do usuário e outros dados relevantes. Em outras palavras, onde antes as equipes de TI tinham acesso limitado a informações acionáveis, o NPM funciona como uma luz em uma sala escura, trazendo a visibilidade necessária para identificar problemas.
Portanto, ao implementar o NPM, as empresas devem focar nas aplicações essenciais para seu funcionamento diário, especialmente aquelas que têm interação direta com os consumidores. Os relatórios gerados devem ser entregues de forma útil e oportuna aos membros relevantes da equipe, a fim de evitar a negligência dos alertas.
Em um mundo onde o imediatismo dos consumidores pode impactar significativamente os negócios, o NPM se torna uma ferramenta essencial para garantir a satisfação do cliente e a estabilidade financeira das empresas. Com uma visão clara do desempenho da rede e do comportamento das aplicações, as empresas podem responder de forma rápida e eficiente a quaisquer problemas que surjam, proporcionando uma experiência excepcional aos usuários.
Francisco Larez, VP da Progress para Caribe e América Latina.