Sandisk rejeita oferta de US$ 5,85 bi da Samsung

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A fornecedora de cartões de memória flash SanDisk rejeitou a oferta feita pela Samsung na terça-feira, 16, sob a alegação de que ela subestimou o valor real da companhia, além de ser uma tentativa "oportunista" de aproveitar a queda nos preços de suas ações nas bolsas americanas.

A gigante sul-coreana de produtos eletrônicos havia feito, no fim de agosto, uma oferta hostil de US$ 3,2 bilhões em dinheiro pela SanDisk e voltou à carga aumentando a proposta para US$ 5,85 bilhões. A cifra representa um preço por ação de US$ 26, o que representa mais de 90% em relação ao seu valor de fechamento de US$ 15,04 nesta terça. As ações da SanDisk subiram até quase 50%, para cerca de US$ 23, horas depois de os investidores terem reagido à oferta hostil.

A oferta de compra foi a mais alta e ousada já feita pela Samsung e, se fosse concluída, representaria a maior aquisição estrangeira feita por uma empresa sul-coreana. Ela também é um sinal da crescente pressão sobre a fabricante de chips de memória para que aumente a sua rentabilidade, num mercado no qual as margens de lucro estão se tornando cada vez mais baixas devido à queda nos preços dos cartões de memória.
A aquisição daria à Samsung, além de acesso a tecnologia avançada da Sandisk, uma posição de liderança nesse mercado, já que a sua rival mais direta, a Toshiba, também vem enfrentando fortes quedas nos preços dos chips.

Em um comunicado publicado em seu site, a Sandisk diz que "após várias reuniões com a Samsung, desde que demonstrou interesse em adquirir a empresa, o conselho de administração deliberou que a proposta da Samsung, feita em 15 de setembro, é insuficiente em vários aspectos e não atende aos melhores interesses dos acionistas da companhia". A Samsung respondeu reiterando a sua oferta à SanDisk em 16 de setembro, que nesta quarta-feira, 17, reiterou a recusa.

O fundador e CEO da Sandisk, Eli Harari, em carta tornada pública, rejeitou a proposta dizendo que a Samsung subestimou de forma significativa os 20 anos da empresa. "Nós acreditamos que a proposta do Samsung não fornece valor adequado aos nossos acionistas e é marcada pelo oportunismo diante da desaceleração que atravessa a indústria mundial", escreveu.

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