As ameaças cibernéticas estão cada vez mais perigosas e manter a segurança da informação e dos dados das empresas e funcionários é primordial para qualquer organização.
O conceito criado para combater qualquer risco vinculado a vazamento de dados e de informações seguras denominado "Zero Trust", ou Confiança Zero, provém de uma premissa para garantir, com o máximo rigor, a proteção dos ativos digitais e dados sensíveis. Ao contrário do que estamos acostumados com as abordagens clássicas de segurança, o Zero Trust questiona a ideia inicial de que a rede corporativa é inviolável e segura em via de regra.
E como esse conceito pode auxiliar uma empresa de cibersegurança? Qual a participação da Inteligência Artificial e das novas tecnologias como um todo nesse processo?
O Zero Trust traz uma nova mentalidade de que usuários ou dispositivos devem ser sempre monitorados de perto, independentemente da localização de rede onde está inserido. Em um contexto cada vez mais informatizado, conectado e, portanto, vulnerável a ameaças em segurança eletrônica, tal conceito agrega ideias diferentes para as abordagens convencionais e traz para instituições financeiras uma nova maneira de proteger suas informações sigilosas.
A Inteligência Artificial participa ativamente desse processo. Revolucionando cada vez mais o mundo tecnológico corporativo, investir em inovações para proteção de dados é algo cada vez mais em voga para ajudar os especialistas em segurança e assim acelerar e otimizar as iniciativas de Zero Trust da empresa.
E as empresas em âmbito mundial estão cientes disso? Estão preparadas para integrar novas tecnologias para fortalecer medidas de segurança em cima de um assunto que desperta tanta atenção nos dias de hoje?
De acordo com estudo do Security Outcomes 2023, 86,5% das empresas já começaram a implementar aspectos de Zero Trust e autenticação multifator (MFA), garantindo o acesso de usuários remotos com segmentação de rede ou aplicando microssegmentação em ambiente na nuvem. Apesar desse dado bastante significativo, apenas 2% delas afirmam estar totalmente preparadas para a adoção completa desse recurso.
A ideia é que a IA possa colaborar para trazer a agilidade que esse processo precisa. Com os recursos técnicos necessários, procedimentos de identificação, validação contínua de usuários e dispositivos, detecções de rede e resposta e automação de fluxos tendem a ser otimizadas e realizadas com maior rigor e eficiência. Quanto mais próximo as empresas estiverem dessas tecnologias e dessa eficiência nos processos, melhores serão os resultados obtidos.
Os benefícios são imensuráveis e empresas que já estiverem aderindo a esse processo possuem duas vezes menos chances de sofrer ataques cibernéticos do que aquelas que ainda não começaram.
Theo Brazil, CISO da Asper.