A Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI) do Ministério do Planejamento vai disponibilizar às universidades brasileiras a minuta do "Guia de Estruturação e Administração do Ambiente de Cluster", documento que contém referências para a utilização de cluster e grids em aplicações da administração pública brasileira.
A consulta dirigida à comunidade acadêmica ficará aberta durante 30 dias e em novembro o documento também será disponibilizado à sociedade em geral. As considerações recebidas durante essa consulta contribuirão para consolidar a versão final do documento que será lançada no próximo ano.
O documento apresenta uma política de utilização desses ambientes e traz ainda orientações gerenciais e técnicas para auxiliar a adoção dessas tecnologias pelos órgãos do governo. Na SLTI foi implantado um ambiente de cluster com 32 servidores e 64 processadores onde se encontra em operação, por exemplo, o portal de inclusão digital do governo federal.
O Guia de Estruturação e Administração do Ambiente de Cluster pode ser acessado no endereço: http://guialivre.governoeletronico.gov.br/guiacluster/ , onde também podem ser obtidas mais informações sobre o documento.
O grid é uma arquitetura de computação distribuída para o compartilhamento de recursos computacionais que possibilita aproveitar capacidades ociosas dos computadores de um órgão ou empresa. Já o cluster é um sistema que compreende dois ou mais computadores ou sistemas trabalhando em conjunto para executar aplicações ou tarefas cujas máquinas não teriam capacidade para realizá-las individualmente.
O documento será disponibilizado durante 18º Simpósio Internacional de Arquitetura Computacional e Alto Desempenho que ocorre de 17 a 20 de outubro, em Ouro Preto. Segundo o secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna, as tecnologias baseadas em clusters e grids e as aplicações de software livre vão permitir ao governo libertar-se de fornecedores proprietários e melhorar a eficiência dos sistemas governamentais com soluções mais baratas e eficazes. Ele lembrou que as arquiteturas de grids e clusters têm sido utilizadas por muitas universidades brasileiras para a solução de diferentes problemas computacionais.