A Intel está desenvolvendo novos chips para supercomputação quântica, contando com a parceria da holandesa Qutech. O modelo foi anunciado nesta terça-feira, 17, com as duas empresas nomeando a iniciativa como um avanço da tecnologia. A computação quântica, segundo o comunicado, é a última palavra em computação paralela, com potencial para resolver problemas que os computadores convencionais hoje não são capazes.
Os computadores quânticos podem, por exemplo, simular a natureza para realizar avanços na pesquisa em química, ciência dos materiais e modelagem molecular – como ajudar a criar um novo catalisador para isolar o dióxido de carbono, um supercondutor de temperatura ambiente e descobrir novos medicamentos.
No entanto, apesar dos muitos progressos experimentais e conjecturas, existem desafios inerentes para a criação de sistemas quânticos viáveis, em larga escala, que produzam resultados precisos. Tornar os qubits (as peças-base da computação quântica) uniformes e estáveis é um grande obstáculo. Qubits são extremamente frágeis e qualquer interferência, mesmo não intencional, pode resultar na perda de dados. Isso requer que eles operem a cerca de 20 mil kelvins – 250 vezes mais frio do que a temperatura encontrada no espaço profundo –, e este ambiente extremo de operação torna o empacotamento dos qubits fundamentais para seu funcionamento e desempenho.
Com tamanho similar a uma moeda de 25 centavos de dólar, os recursos aprimorados de design do novo chip de teste de 17-qubit incluem: nova arquitetura; um esquema de interconexão escalável que permite entre 10 e 100 vezes mais sinais entrando e saindo do chip quando comparado aos modelos wirebond; processos, materiais e designs avançados que permitem que o empacotamento da Intel seja ampliado para circuitos integrados quânticos, que são muito maiores do que os chips de silício convencionais.
A parceria entre Intel e QuTech teve início em 2015.